postado em 14/09/2019 04:05
A Procuradoria da Venezuela instaurou ontem uma nova investigação criminal contra o líder opositor Juan Guaidó, reconhecido como presidente por mais de 50 nações, por sua suposta conexão com uma quadrilha colombiana que o teria ajudado a atravessar ilegalmente a fronteira do país, em 22 de fevereiro passado. A decisão foi tomada após a divulgação de duas fotografias em um rede social, nas quais Guaidó aparece ao lado de integrantes desse grupo. O episódio pode se tornar uma nova frente de embates entre Caracas e Bogotá.;Diante das graves evidências, levadas a público (...), em relação ao vínculo do cidadão Juan Guaidó com o grupo narcoparamilitar Los Rastrojos, este Ministério Público decidiu abrir uma investigação penal;, anunciou o procurador-geral, Tarek William Saab, que é próximo ao governo do presidente Nicolás Maduro.
A divulgação das fotografias foi feita pela Fundação Progresar, uma organização não governamental colombiana de direitos humanos que monitora a violência na fronteira. Nas imagens, o líder opositor venezuelano aparece com Jhon Jairo Durán, apelidado de El Costeño, e com Albeiro Lobo Quintero, também conhecido como El Brother. Ambos são membros do Los Rastrojos presos na Colômbia.
Juan Guaidó cruzou a fronteira para uma participação surpresa no megashow realizado na cidade colombiana de Cúcuta, às vésperas da operação que levaria medicamentos e alimentos aos venezuelanos. A remessa da ;ajuda humanitária;, que contava com apoio logístico da Colômbia e dos Estados Unidos, fracassou, no que representou o primeiro forte baque político do presidente da Assembleia Nacional venezuelana.
O governo de Maduro acusa Guaidó de ter sido protegido pelos integrantes do Los Rastrojos ao atravessar a fronteira, violando a proibição de deixar o país imposto após se autoproclamar presidente interino.