Um total de 66 países prometeu às Nações Unidas alcançar a neutralidade do carbono até 2050 - informou a ONU no início de sua cúpula climática nesta segunda-feira (23).
Nesses 66 países, estão reunidos 10 regiões, 102 cidades, 93 empresas e 12 investidores que pretendem ter emissão zero de gases de efeito estufa até 2050, uma meta estabelecida pelos cientistas para conter o aquecimento da Terra em %2b1,5;C, em relação ao século XIX.
A temperatura média na Terra já é de 1;C em relação ao período citado.
"A emergência climática é uma corrida que estamos perdendo, mas podemos vencê-la", disse o secretário-geral da ONU, António Guterres, que também convidou para a tribuna a ativista sueca Greta Thunberg, símbolo da juventude global que exige ação urgente contra a mudança climática.
Ao todo, 59 países anunciaram sua intenção de fortalecer suas metas nacionais para combater as mudanças climáticas até 2020, e outros nove iniciaram processos internos para tornar suas metas mais ambiciosas, disse a ONU, ao anunciar a criação de uma "Aliança de Ambição pelo Clima", que abrange todos esses países.
Os países anunciaram seus objetivos nacionais no Acordo de Paris de 2015 e, agora, vão revisá-los para cima.
O objetivo coletivo é reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa em pelo menos 45% até 2030 e, assim, preparar-se para alcançar a neutralidade de carbono em meados do século.
A Aliança foi anunciada pelo presidente do Chile, Sebastián Piñera, em preparação para a COP25 a ser realizada em Santiago, em dezembro.
"Acabar com o carvão é uma prioridade", afirmou a ONU.
Um grupo que busca eliminar o uso de usinas a carvão agora se expandiu para cobrir 30 países, 22 estados, ou regiões, e 31 empresas que se comprometeram a não construir mais novas usinas até 2020 e fazer a transição para energias renováveis.