O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse, nesta quarta-feira (25), ser o mais perseguido no cargo, depois que seus adversários democratas lançaram uma investigação formal contra ele, o que dá início a um processo de impeachment.
Ao anunciar a investigação na terça-feira, a presidente da Câmara de Representantes, a deputada democrata Nancy Pelosi, declarou que Trump traiu seu juramento ao cargo ao buscar ajuda da Ucrânia para prejudicar seu rival na corrida eleitoral de 2020, Joe Biden.
"Não houve um presidente na história do nosso país que tenha sido tratado tão mal quanto eu", tuitou Trump, de Nova York, onde participa da Assembleia Geral da ONU.
"Os democratas estão paralisados pelo ódio e pelo medo. Não fazem nada. Nunca se deve permitir que isso aconteça com outro presidente. Caça às bruxas", escreveu Trump no Twitter, dando sequência às suas denúncias após o anúncio de Pelosi.
A dramática medida marca o primeiro passo em um complexo processo que tem poucas chances de tirar Trump da Presidência. Além disso, empurra a política americana para um novo e perigoso capítulo 14 meses antes das novas eleições para o controle da Casa Branca e do Congresso.
Pelosi e outros líderes do Partido Democrata resistiram a dar este passo durante meses, preferindo se concentrar na próxima disputa eleitoral.
Uma combinação das acusações mais recentes - a de que Trump condicionou a entrega de assistência militar à Ucrânia em troca de ajuda para prejudicar Biden - provocou uma onda de apoio entre os membros do partido para iniciar o processo de impeachment.