Segunda-feira, 30
Teste prevê
riscos de lúpus
Em estudo publicado na revista Annals of the rheumatic diseases, duas equipes de pesquisadores franceses demonstraram a eficácia de um novo teste para prever o risco de recaída nos pacientes com lúpus, doença autoimune que alterna períodos de exacerbações e remissões. O exame, mais rápido e sensível do que os atuais, permitiu estabelecer que os doentes em remissão, mas com uma taxa elevada de interferon (proteína da família das citocinas), têm mais risco de recidiva no ano seguinte que os demais. Os especialistas explicam que a informação é importante para saber quais pacientes necessitam ;uma estreita vigilância; e quais podem ;se beneficiar de uma redução da vigilância e dos tratamentos;. O lúpus é uma doença autoimune, grave e crônica, cujas causas continuam sendo desconhecidas. Afeta cerca de cinco milhões de pessoas no mundo. A doença se caracteriza por um desajuste do sistema imunológico que ataca os tecidos e os órgãos do doente, e se manifesta com sinais clínicos muito variáveis (erupções cutâneas, artrite, problemas renais, neurológicos, anemia), o que complica o diagnóstico.
Terça-feira, 1; /10
Vilania reavaliada
A redução do consumo de carne vermelha é um conselho padrão de médicos para preveção de câncer e doenças cardíacas, mas uma revisão de dezenas de estudos concluiu que o risco potencial é baixo, e as evidências, ainda incertas. Novas diretrizes publicadas na revista médica Annals of Internal Medicine, elaboradas por um painel de pesquisadores de sete países, orienta que os adultos ;continuem com o consumo atual de carne vermelha;. O conselho imediatamente provocou uma forte reação de outros especialistas. Os especialistas acrescentaram que os adultos também devem ;continuar com o consumo atual de carne processada;. A pesquisa analisou vários estudos que, como um todo, mostraram que a redução do consumo de carne vermelha a três porções por semana poderia reduzir a mortalidade por câncer em sete mortes a cada mil pessoas. Os pesquisadores assinalaram que a redução foi modesta e que eles encontraram apenas um grau ;baixo; de certeza sobre as estatísticas.
Quarta-feira, 2
Vestígios de microplástico no organismo de pinguins
Pesquisadores da Universidade de Coimbra, em Portugal, detectaram microplásticos no organismo de pinguins da Antártica. É a primeira vez que essas partículas de plástico com menos de 5 mm de comprimento são encontradas nesses animais, confirmando que a poluição já afeta a alimentação deles. Foram examinadas 80 amostras de fezes de pinguins gentoo Pygocelis papua. Resíduos foram constatados em 20% delas, de acordo com o estudo publicado na revista Scientific Reports. Os pesquisadores assinalaram que o material identificado tem diversos tamanhos, formatos e cores, indicando que há uma grande variedade de microplásticos no ambiente onde vivem os pinguins. ;É alarmante que microplásticos já tenham chegado à Antártica;, lamentou Filipa Bessa, principal autora da pesquisa.
Quinta-feira, 3
Segredos de papiros romanos
Carbonizados durante a erupção do Vesúvio, papiros romanos do sítio arqueológico de Herculano, próximo de Nápoles, guardam seus segredos há quase 2.000 anos, que pesquisadores anseiam em decifrar. Cientistas tentam, agora, descobrir o conteúdo dos documentos ; ;frágeis como asas de borboleta; ; usando um acelerador de partículas. Preservado no Institut de France, em Paris, o material foi levado à Inglaterra para ser desvendado virtualmente. ;A ideia que fazemos de um pergaminho é que podemos simplesmente desenrolá-lo e lê-lo, mas esses papiros não podem ser desenrolados, porque a carbonização os tornou extremamente frágeis;, assinala o professor Brent Seales, que trabalha há cerca de 20 anos desenvolvendo técnicas não invasivas de decodificação. Sua ferramenta: um síncrotron, um anel de 500 metros de circunferência onde elétrons giram em velocidade muito alta e emitem uma espécie de raio X muito poderoso que permite atravessar o material.