postado em 07/10/2019 04:14
O advogado norte-americano Andrew Bakaj revelou, ontem, que seu escritório representa ;vários; informantes ligados ao caso de suspeita de abuso de poder, por parte do presidente Donald Trump. Bakaj defende os interesses do oficial de Inteligência que acusou o magnata republicano de utilizar o cargo para pressionar o colega ucraniano Volodymyr Zelenski a investigar o seu adversário político Joe Biden e o filho Hunter. O democrata provavelmente disputará as eleições presidenciais de 2020 com Trump. ;Posso confirmar que minha firma e minha equipe representam múltiplos informantes; ligados ao caso, tuitou Bakaj.
Também ontem, a emissora de TV ABC News noticiou que um segundo informante está disposto a dar o testemunho e corroborar as informações sobre a suposta tentativa de Trump de pressionar o presidente da Ucrânia para obter vantagens políticas. De acordo com a ABC News, o advogado Mark Zaid, sócio de Bakaj, contou que o segundo denunciante é um oficial de Inteligência que ;tem conhecimento de primeira mão de algumas das alegações destacadas na denúncia original e foi entrevistado pelos responsáveis por vigiar internamente a comunidade de Inteligência;.
O segundo informante foi ouvido pelo inspetor-geral dos serviços de Inteligência, Michael Atkinson, afirmou Zaid, citado pela emissora. No entanto, ele ainda não entrou em contato com as comissões legislativas responsáveis pela investigação. Recentemente, Zaid afirmou à revista Washingtonian esperar que a identidade do informante original, acusado por Trump de ser um traidor, nunca seja tornada pública. Seu sócio, Bakaj, já trabalhou tanto no escritório do inspetor-geral quanto na CIA, assim como no Departamento da Defesa, em assuntos relacionados a denunciantes.
Ajuda militar
O senador republicano Ron Johnson, membro do Comitê de Relações Exteriores, foi ao programa Meet the Press, da NBC, e rejeitou a sugestão de que Trump tenha segurado a ajuda militar para pressionar a Ucrânia a investigar os Biden. ;Quando perguntei ao presidente sobre isso, negou categoricamente, com veemência e irritação;, relatou Johnson.
Em dois tuítes ontem, Trump também rejeitou as acusações, mas não fez menção ao segundo denunciante. O repulicano repetiu a afirmação de que Hunter Biden havia recebido ;US$ 100 mil ao mês de uma empresa com sede na Ucrânia, apesar de não ter experiência em energia, e, em separado, recebeu US$ 1,5 bilhão da China, apesar de não ter experiência e por nenhuma razão aparente;. ;Eu tenho a obrigação de investigar um caso de possível, ou provável, corrupção!”, acrescentou Trump.
Segundo reportagens veiculadas pela imprensa americana, Hunter Biden recebeu até US$ 50 mil por mês como membro da diretoria de uma companhia de gás ucraniana, Burisma. Não se encontrou evidência de que Biden tenha feito algo ilegal.
Barbara Res, ex-vice-presidente do conglomerado Trump Organization, admitiu à TV CNN a possibilidade de o republicano renunciar ao cargo, caso enfrente a possíbilidade real de uma remoção por parte do Senado. ;Meu instinto é o de que ele deixará o posto, ele renunciará. Ou fará algum tipo de acordo, dependendo do que sair dele.;
Ex-chefe da CIA questiona estabilidade do país
O ex-diretor da Agência Central de Inteligência (CIA) John Brennan, um crítico de Donald Trump, questionou a ;estabilidade; dos Estados Unidos, acusando o presidente de corromper as instituições do país. Brennan, que liderou a agência de inteligência no governo Barack Obama, alertou em entrevista à rede da NBC que ;os princípios democráticos nos quais o país foi fundado estão sendo corroídos;. Questionado sobre como a CIA poderia avaliar a estabilidade dos EUA, Brennan disse: ;Nós o veríamos como um governo muito corrupto, que está sob o controle, neste momento, desse poderoso indivíduo que foi capaz de corromper as instituições e leis;. ;Não é uma democracia se um autocrata a tiver em suas mãos;, acrescentou.
TUITADA
;Eu posso confirmar que minha firma e minha equipe representam múltiplos informantes em conexão com a divulgação subjacente de 12 de agosto de 2019;
Andrew Bakaj, advogado americano que representa o oficial de Inteligência que acusou Trump de pressionar a Ucrânia a investigar Joe Biden e o filho