postado em 14/10/2019 04:15
A despeito de críticas internacionais, a Turquia deu continuidade ontem, no norte da Síria, à ofensiva contra ;terroristas; das Unidades de Proteção Popular, com o intuito de criar uma ;zona de segurança; na fronteira com os territórios curdos. As ações deixaram ao menos 26 mortes. Desses, 10 estavam em um comboio que transportava civis e jornalistas atingindo em um ataque aéreo, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
;Estávamos no comboio de civis curdos atacados pelas forças turcas, ou seus aliados, em Ras al-Ain. Nossa equipe está bem, mas há colegas que morreram;, disse à agência France-presse de notícias (AFP) a jornalista Stéphanie Pérez, do grupo estatal France Television. De acordo com o OSDH, desde que a ofensiva foi deflagrada, na quarta-feira, mais 150 pessoas morreram, incluindo cerca de 60 civis, e 130 mil deixaram suas casas.
Ontem, autoridades curdas anunciaram a fuga de quase 800 familiares de extremistas do Estado Islâmico (EI) de um acampamento de deslocados. França e Alemanha demonstraram ;preocupação; com a ofensiva e pediram à Turquia que a encerre. A chanceler alemã, Angela Merkel, advertiu que elas podem favorecer ;a desestabilização da região e um ressurgimento do EI;.
Ambos os países anunciaram a interrupção da venda de armas para Ancara. Em resposta, Erdogan disse que ;aqueles que acham que podem fazer a Turquia recuar estão muito enganados;. Diante da escalada da violência, o secretário americano da Defesa, Mark Esper, anunciou que o presidente Donald Trump ordenou a retirada deliberada de até mil soldados americanos do norte da Síria.