Três ministros turcos são os primeiros alvos de sanções econômicas determinadas pelos Estados Unidos em resposta à ofensiva militar contra os curdos no norte da Síria. O presidente Donald Trump, que retirou as forças americanas da região, tinha ameaçado ;arrasar; a economia do país, caso a operação ;passasse dos limites;. Ontem, em conversa por telefone, ele pediu ao colega Recep Tayyip Erdogan que ;acabe com a invasão; e decrete um cessar-fogo, segundo relatou o secretário de Defesa, Mike Pence, que deve viajar em breve para a Turquia. ;O presidente se mostrou muito firme;, afirmou Pence.
Coube ao secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, anunciar as primeiras sanções ao governo de Amcara pelas ações miliares na Síria. Os atingidos são os ministros da Defesa, Hulusi Akar; do Interior, Suleyman Soylu; e da Energia, Fatih Donmez. Eles passam a figurar em uma lista do Tesouro americano que discrimina autoridades estrangeiras sujeitas a congelamento de ativos financeiros mantidos nos EUA e proibidas de realizar transações diretas ou indiretas com o país. De acordo com Mnuchin, Washington ;responsabiliza o governo (de Ancara) pela violência das forças turcas, que colocam civis em risco e desestabilizam a região;.
Trump confirmou ter assinado uma ordem executiva submetendo a sanções funcionários e ex-funcionários turcos e impondo tarifas de 50% ao aço importado do país. Também informou que foram canceladas negociações para um acordo bilateral de comércio e reiterou a ameaça feita após o anúncio da saída das tropas. ;Estou totalmente preparado para destruir rapidamente a economia da Turquia, se os seus líderes continuarem nesse caminho perigoso e destrutivo;, tuitou. O secretário americano da Defesa, Mark Esper, anunciou que pedirá aos parceiros da Otan (bloco militar do qual a Turquia também faz parte) para que também adotem sanções ao governo de Ancara.