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ONGs internacionais se retiram do nordeste da Síria

Com ofensiva da Turquia na região, as organizações 'Mercy Corps" e "Médicos Sem Fronteiras" suspenderam atividades no nordeste da Síria

Agência France-Presse
postado em 15/10/2019 15:39
As agências da ONU devem continuar com suas operações, apesar dos confrontosAs autoridades curdas na Síria anunciaram nesta terça-feira o cessar das atividades de todas as ONGs internacionais e a retirada de seus funcionários do nordeste do país, onde a Turquia lançou uma ofensiva contra a milícia curda.

As agências das Nações Unidas, por sua vez, devem continuar com suas operações, apesar das dificuldades.

Há uma semana a Turquia realiza uma ofensiva no norte da Síria para remover a milícia curda das Unidades de Proteção Popular (YPG) de sua fronteira.

Os bombardeios e combates mortais fizeram com que mais de 160.000 pessoas fugissem para outras áreas sob controle curdo, segundo as Nações Unidas.

"A situação das pessoas deslocadas internamente piorou em áreas afetadas pela agressão (turca), com o cessar total da ajuda humanitária, das atividades de todas as organizações internacionais e a retirada de seus funcionários", segundo um comunicado da administração curda semiautônoma.

Na segunda-feira, a organização internacional Mercy Corps anunciou "a suspensão de suas operações no nordeste da Síria e a evacuação de sua equipe internacional".

A organização não governamental trabalha neste setor desde 2014 para fornecer assistência humanitária a civis.

A organização humanitária Médicos Sem Fronteiras (MSF) também anunciou nesta terça a suspensão de muitas de suas atividades no nordeste da Síria e a evacuação de seu pessoal internacional devido à "extrema volatilidade" da situação.

"Após a intervenção militar turca e devido à extrema volatilidade da situação no nordeste da Síria, os Médicos Sem Fronteiras (MSF) tomaram a decisão de suspender a maioria de suas atividades e evacuar todo o seu pessoal internacional da região", afirma a ONG em um comunicado.

"Foi uma decisão muito difícil", acrescenta a MSF, que afirma que, na situação atual, não pode mais "garantir a segurança de seu pessoal".

A associação humanitária também expressou preocupação com a "segurança de nossos colegas sírios e de suas famílias que permanecem no nordeste da Síria".

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