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Formigas do Saara são as mais rápidas do mundo

Correio Braziliense
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postado em 17/10/2019 04:17
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As formigas do Saara são as mais rápidas do mundo ; a descoberta foi feita por um grupo de cientistas alemães que se dedicou a estudar as formigas prateadas (Cataglyphis bombycina). Segundo os investigadores, os pequenos insetos atingem uma velocidade de 0,855m por segundo. Detalhes da descoberta foram publicados na última edição da revista Journal of Experimental Biology.

Os autores explicam que as minúsculas operárias sempre intrigaram pesquisadores devido aos seus hábitos. Elas se aventuram a sair dos ninhos para vasculhar cadáveres de animais no auge do dia ; quando a temperatura da areia pode chegar a 60;C. Ao decidir investigar a fundo esse hábito habilidade, a equipe se dedicou a um trabalho de campo difícil.

;Precisávamos procurar formigas cavando ou seguir uma formiga forrageadora até ela chegar em casa;, conta Harald Wolf, pesquisador da Universidade de Ulm, na Alemanha, e um dos autores do estudo. Quando a equipe localizava um ninho, conseguia facilmente conectar um canal de alumínio à entrada e colocar um alimentador na ponta, com a finalidade de atrair os insetos. ;Depois que as formigas encontravam a comida que deixamo ; larvas de farinha ;, elas se deslocavam de um lado para outro no canal. Montamos nossa câmera para filmá-las de cima;, detalha o pesquisador.

Recordistas
A equipe de Wolf constatou que formigas de prata são as mais rápidas do mundo, atingindo uma velocidade de até 0,855m por segundo, o equivalente a 108 vezes o comprimento do seu corpo. Também balançam as pernas a velocidades de até 1300mm por segundo durante o horário mais quente do dia. Os dados colocam a espécie no topo da lista dos animais recordistas em velocidade, como o besouro-tigre da Austrália, que alcança 171 do comprimento do seu corpo por segundo, e o ácaro costeiro da Califórnia (377 comprimentos de corpo por segundo).

Também chamou a atenção a coordenação das formigas prateadas para se locomover. Elas sincronizam as patas de uma forma que cada uma só entra em contato com o solo por apenas 7 milissegundos. ;Essas características podem estar relacionadas ao habitat das dunas (;) podem impedir que as patas do animal afundem na areia macia;, cogita Harald Wolf. Os cientistas conseguiram levar um dos ninhos para a Alemanha, onde pretendem observar o comportamento do animal sob baixa temperatura.

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