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Alicia Alonso, 98 lenda cubana do balé

Correio Braziliense
Correio Braziliense
postado em 18/10/2019 04:06
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Cuba e o mundo da dança se despedem da lendária bailarina e coreógrafa Alicia Alonso, que morreu ontem em Havana, aos 98 anos, de doença cardiovascular. ;Alicia Alonso se foi e nos deixa um vazio enorme, mas também um legado intransponível. Ela colocou Cuba no altar do melhor da dança mundial. Obrigado, Alicia, por seu trabalho imortal;, tuitou o presidente Miguel Díaz-Canel, que estava em visita oficial ao México.

Única latino-americana a merecer o título simbólico de prima ballerina assoluta, Alicia é lembrada como disciplinada e exigente, seja no palco ou como coreógrafa ; a ponto de fazer os bailarinos sob sua direção repetirem os passos incansavelmente, na busca da perfeição. Também como a fundadora do Ballet Nacional Cubano e entusiasta da revolução comunista de 1959, comandada pelo falecido Fidel Castro, cujo impulso foi decisivo para o reconhecimento internacional companhia.

Nascida na capital cubana, em 1920, Alicia Ernestina de la Caridad del Cobre Martínez del Hoyo estreou na Broadway, em Nova York, no fim da década de 1930. Aos 20 anos, escapou de perder a visão depois de sofrer duplo descolamento da retina. Dançou por toda a vida, brilhou com mais de 40 anos de idade na execução impecável da exigente coreografia do Lago dos Cisnes e pendurou as sapatilhas em 1995, aos 74 anos.

Em um gesto incomum das seis décadas de regime comunista, Alicia Alonso foi homenageada em vida com a atribuição de seu nome, em 2015, ao Grande Teatro de Havana, sede da companhia.

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