Agência Estado
postado em 21/10/2019 17:53
O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, renunciou, nesta segunda-feira, 21, à tarefa de formar um novo governo. Em comunicado, Netanyahu disse que trabalhou incansavelmente para estabelecer um governo de unidade com seu principal rival, o ex-chefe militar Benny Gantz, mas foi repetidamente derrotado.
Netanyahu disse que estava devolvendo o "mandato" ao presidente Reuven Rivlin, que agora pedirá a Gantz para formar uma coalizão. Gantz, no entanto, pode enfrentar uma tarefa igualmente difícil.
Como o procurador-geral de Israel decidirá nas próximas semanas sobre o envolvimento de Netanyahu em uma série de casos de corrupção, o antigo líder israelense poderá sofrer também forte pressão para se afastar. Rival do partido, Gideon Saar já indicou que desafiaria Netanyahu se o Likud fizer uma primária.
Nas eleições nacionais do mês passado, Netanyahu não conseguiu garantir a maioria parlamentar de 61 cadeiras. Mas Rivlin deu a Netanyahu a primeira oportunidade de formar um governo porque ele tinha mais apoio - 55 parlamentares - do que Gantz, apoiado por apenas 54.
Netanyahu esperava formar um amplo governo de "unidade" com Gantz, que chefia o centrista Partido Azul e Branco. Netanyahu, porém, insistiu que sua coalizão incluísse seus aliados tradicionais, um grupo de partidos religiosos e de linha dura, atraindo acusações de Gantz de que ele não estava negociando de boa fé.
Para Netanyahu, que completou 70 anos nesta segunda, foi mais um revés doloroso. Israel passou pela segunda eleição legislativa do ano em 17 de setembro. Após o pleito de abril, Netanyahu havia sido escolhido para formar maioria no governo e falhou, levando à dissolução do parlamento israelense, chamado de Knesset, e à convocação de novas eleições, que ocorreram em 17 de setembro.