postado em 24/10/2019 04:15
[FOTO1]O tráfico de imigrantes é a linha principal de investigação da polícia britânica sobre os 39 corpos encontrados ontem em um caminhão estacionado em Essex, ao leste de Londres. O veículo entrou no Reino Unido no sábado vindo de Zeebrugge, na Bélgica. O motorista, de 25 anos, natural da Irlanda do Norte, foi detido por suspeita de assassinato.
O primeiro-ministro Boris Johnson disse estar ;horrorizado com esse trágico incidente; e manifestou sentimentos ;pelos que perderam a vida e por seus entes queridos;. Os investigadores não confirmaram oficialmente que as vítimas eram imigrantes ilegais, nem souberam precisar a nacionalidade, mas informaram que os corpos eram de 38 adultos e um adolescente. ;O processo de identificação está em curso;, explicou o chefe de polícia de Essex, Andrew Mariner.
De acordo com as autoridades, o caminhão foi registrado na Bulgária, em 2017, em nome de uma empresa da Irlanda, país que se tornou nos últimos anos uma das escalas para o transporte ilegal de imigrantes entre a Europa continental e o Reino Unido. ;Acreditamos que ele viajou de Zeebrugge até o porto de Purfleet e estacionou na área de Thurrock logo após a 0h30 de hoje (ontem);, diz um comunicado da polícia de Essex. O serviço de emergência médica encontrou as vítimas sem vida, durante a madrugada, e alertou a polícia.
Para Richard Burnett, diretor executivo da Road Haulage Association, que agrupa os motoristas de caminhão no Reino Unido, ;independentemente das circunstâncias do que aconteceu, isso realça o perigo representado pelas gangues que transportam migrantes de modo clandestino;
O reforço do combate à imigração ilegal voltou ao debate político, em meio às idas e vindas do Brexit ; a saída do Reino Unido da União Europeia. ;O tráfico de pessoas é um negócio vil e perigoso;, denunciou a deputada regional Jackie Doyle-Price, que pediu punição severa para os responsáveis. ;Todos os traficantes de seres humanos devem ser perseguidos e processados;, reforçou, no parlamento britânico, o premiê Boris Johnson.