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Ministro critica eleições na Argentina: ''Forças do mal estão celebrando''

Ernesto Araújo, chefe das Relações Exteriores, condena volta da esquerda à presidência argentina: "A esquerda é totalmente ideológica no apoio aos regimes tirânicos da região"

Augusto Fernandes
postado em 28/10/2019 17:15
[FOTO1]O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, usou as redes sociais nesta segunda-feira (28/10) para revelar a insatisfação do governo federal com a eleição de Alberto Fernández à presidência da Argentina. Segundo ele, "as forças do mal estão celebrando" a volta da esquerda ao poder argentino e "as forças da democracia estão lamentando pela Argentina, pelo Mercosul e por toda a América do Sul".



"Não há muita ilusão de que o fernandez-kirchnerismo possa ser diferente do kirchnerismo clássico. Os sinais são os piores possíveis. Fechamento comercial, modelo econômico retrógrado e apoio às ditaduras parece ser o que vem por aí", atacou o chanceler.

De acordo com Araújo, "o Brasil continuará inteiramente do lado da liberdade e da integração aberta". "Seremos pragmáticos na defesa dos princípios e interesses do Brasil: um Mercosul sem barreiras internas e aberto ao mundo, uma América do Sul sem ditaduras", opinou.

O ministro ainda acusou a esquerda de ser "totalmente ideológica no apoio aos regimes tirânicos da região". "Mas, quando se relaciona com as democracias (das quais depende), a esquerda pede ;pragmatismo;. Curioso. ;Pragmatismo; significa sempre a direita se acomodar aos interesses da esquerda", ponderou.

Nesta manhã, o presidente Jair Bolsonaro já havia declarado que não parabenizaria Fernández pela vitória nas urnas e afirmou que, apesar de não ter "bola de cristal", a "Argentina escolheu mal".

O chefe do Palácio do Planalto ainda se mostrou incoformado com a atitude de Fernández ao pedir a liberdade do ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva durante o primeiro discurso como presidente eleito e ao postar uma foto, horas antes do resultado das eleições, fazendo o gesto do "L" com uma das mãos ; em referência ao movimento "Lula livre".

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;O primeiro ato do Fernández foi "Lula livre", dizendo que está preso injustamente. Já disse a que veio. É uma afronta à democracia brasileira. Ao sistema judiciário brasileiro. Uma pessoa condenada em duas instâncias. Outras condenações a caminho. Ele está afrontando o Brasil de graça no meu entender. Nós estamos aguardando seus passos para, talvez no futuro, tomar alguma decisão em defesa do Brasil. Decisões em defesa do Brasil;, comentou Bolsonaro.

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