<div style="text-align: justify">[FOTO1]O governo <strong>boliviano</strong> convidou nesta terça-feira (29/10), <strong>Carlos Mesa,</strong> rival de <strong>Evo Morales</strong> na eleição de 20 de outubro, para participar de uma auditoria da OEA na contagem dos votos, de modo a esclarecer se houve<strong> fraude</strong> na polêmica vitória do presidente no primeiro turno.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Mesa e a oposição fazem uma série de <strong>manifestações</strong> e <strong>greves</strong> em todo país, alegando que houve fraude no plebiscito. Os protestos desencadearam uma escalada de violência na Bolívia.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">"Queremos pedir que o sr. Mesa, candidato perdedor, participe da auditoria que será realizada pela Organização dos Estados Americanos (OEA), acompanhado por México, Paraguai, Peru", disse o vice-presidente Álvaro García em um comunicado à imprensa.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Ao ler uma carta endereçada a Mesa, García assegurou que "a melhor maneira" de esclarecer dúvidas sobre o resultado da eleição é realizar "uma auditoria da contagem oficial de votos para determinar se a suposta fraude existiu".</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Mesa e seus aliados da oposição permanecem firmes no pedido de anulação da votação.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">La Paz e a OEA concordaram em realizar uma auditoria, embora ainda não se saiba quando irá começar.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">[SAIBAMAIS]Uma missão da OEA, da União Europeia e do governo dos Estados Unidos apoiou um segundo turno, dado o grau de dúvida gerado pelos resultados das eleições.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">A oposição, que inclui Mesa e grupos civis de direita e de centro-esquerda, ressalta que houve fraude planejada pelo partido no poder, com a participação do Supremo Tribunal Eleitoral (TSE), em favor de Morales. Por isso, decidiu não reconhecer o resultado como legítimo.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">As dúvidas surgiram no dia da votação, quando o TSE usou e interrompeu a contagem rápida de votos, chamada TREP, que apontava um segundo turno entre Morales e Mesa. Finalmente, a contagem oficial final deu ao presidente a vitória no primeiro turno para o período 2020-2025. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">No poder desde 2006, Morales reivindicou sua vitória e disse que a defenderá, embora greves e bloqueios de ruas tenham sido registrados desde a semana passada contra sua reeleição.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Na segunda-feira, em meio aos protestos, ao menos 30 pessoas ficaram feridas nas cidades mais populosas da Bolívia: La Paz, Cochabamba e Santa Cruz.</div>