<div style="text-align: justify">[FOTO1]O presidente do Irã, <strong>Hassan Rohani</strong>, anunciou nesta terça-feira (5/11) uma nova redução dos compromissos assumidos pelo país com a comunidade internacional a respeito de seu programa nuclear.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">O Irã vai reiniciar o <strong>enriquecimento de urânio</strong> na central de Fordo (180 km ao sul de Teerã), inativa desde a entrada em vigor do acordo de Viena sobre o programa nuclear iraniano assinado em 2015, declarou Rohani.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Com base no acordo, o Irã armazena em Fordo 1.044 centrífugas de primeira geração IR-1, recordou o presidente em um discurso exibido pela televisão estatal.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">"A partir de amanhã quarta-feira (6/11), começaremos a injetar gás (urânio em estado gasoso) em Fordo", declarou, em referência ao procedimento utilizado para produzir urânio enriquecido em isótopo 235 a partir destas máquinas.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Esta é a "quarta etapa" do plano de redução de compromissos na área nuclear iniciado em maio, em resposta à saída do governo dos Estados Unidos do acordo de Viena em 2018, indicou o presidente iraniano.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">[SAIBAMAIS]O anúncio não é uma surpresa, pois na segunda-feira (4/11) chegou ao fim um novo <strong>prazo de 60 dias</strong> que a República Islâmica havia anunciado a seus sócios no acordo para ajudar o país a evitar as sanções restabelecidas pelos Estados Unidos.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Rohani afirmou que as atividades nucleares em Fordo continuarão sob controle da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), assim como as demais atividades nucleares iranianas, submetidas ao regime de inspeção mais rígido implementado por este organismo da ONU.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">O presidente iraniano apresentou um novo prazo de dois meses aos Estados signatários do acordo de Viena (Grã-Bretanha, França, Rússia, China e Alemanha) para uma resposta aos pedidos do Irã. Caso isto não aconteça, o país reduzirá ainda mais seus compromissos.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Com o acordo, Teerã aceitou reduzir drasticamente suas atividades nucleares para garantir seu caráter exclusivamente civil em troca de uma suspensão das sanções internacionais que asfixiam sua economia.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">A retirada dos Estados Unidos e a política de "pressão máxima" do governo do presidente Donald Trump contra Teerã privam o Irã dos benefícios econômicos que esperava obter com o acordo.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">A República Islâmica afirma que deseja a sobrevivência do acordo a está disposta a voltar a aplicar completamente seus compromissos, desde que as outras partes respeitem os próprios compromissos, adotando medidas concretas para responder a seus pedidos e permitindo especialmente a exportação do petróleo iraniano.</div>