<div style="text-align: justify">[FOTO1]A<strong> morte</strong> de um <strong>estudante</strong> em Hong Kong, que sofreu uma queda no fim de semana passado durante<strong> confrontos</strong> com a polícia, provocou nesta sexta-feira (8/11) uma onda de protestos do movimento pró-democracia.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">O <strong>falecimento do jovem</strong> pode aumentar ainda mais a tensão na ex-colônia britânica, cenário há cinco meses de uma onda de protestos que terminam em violência com frequência para denunciar a interferência de Pequim e exigir <strong>reformas democráticas</strong>.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Chow, um estudante de Ciências da Computação de 22 anos, foi declarado morto na manhã desta sexta-feira, informou o hospital Queen Elizabeth.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">O estudante deu entrada na emergência já inconsciente, na madrugada de segunda-feira (4/11), após violentos incidentes entre policiais e manifestantes no distrito de Tseung Kwan O.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">O jovem foi encontrado em uma <strong>poça de sangue</strong> em um estacionamento onde pouco antes havia ocorrido um confronto, depois que a polícia usou gás lacrimogêneo para responder aos manifestantes que lançavam objetos.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Porém, as circunstâncias da queda do estudante, que participava nos protestos, não foram determinadas e provocam uma grande controvérsia.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">A vítima estudava na Universidade de Ciências e Tecnologia de Hong Kong, onde nesta sexta-feira acontecia uma cerimônia de formatura.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">O reitor da universidade, Wei Shyy, interrompeu o evento para anunciar a morte do jovem e pediu um minuto de silêncio.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Horas mais tarde, diversos fóruns on-line que coordenam o movimento de protesto, que não tem líderes designados, convidaram a população a participar em vigílias em homenagem ao estudante.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">[SAIBAMAIS]De acordo com os manifestantes, o jovem caiu depois de subir no parapeito de um dos andares do estacionamento para escapar do gás lacrimogêneo lançado pela polícia.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Os comandantes da polícia admitiram o uso de gás lacrimogêneo perto do estacionamento, mas afirmaram que quando a vítima foi encontrado havia pouco gás na atmosfera.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Também negam ter dificultado a ação dos serviços de emergência ou o bloqueio da passagem da ambulância que levou o estudante ao hospital.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Na última semana os atos violentos aumentaram em Hong Kong.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">No sábado passado, policiais e manifestantes protagonizaram uma batalha campal durante várias horas após um protestos não autorizado.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Um dia depois, um confronto violento deixou cinco feridos, incluindo um ativista pró-democracia que teve parte de uma orelha cortada.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Na quarta-feira (6/11), um político pró-Pequim sofreu um ataque com faca.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Xu Luying, porta-voz do Escritório de Assuntos de Hong Kong e Macau, chamou os manifestantes radicais de "gângsteres", de acordo com agência oficial Xinhua.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Ele acusou os manifestantes de recorrer à violência para tentar influenciar as eleições locais previstas para 24 de novembro.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">A divisão não parece ter solução política.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Hong Kong, um território autônomo do sul da China devolvido a Pequim em 1997, é administrado pelo princípio "um país, dois sistemas" e até 2047 desfruta, em tese, de liberdades desconhecidas no resto da China.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">O movimento pró-democracia acusa Pequim de não respeitar as promessas e de aumentar sua influência política na ex-colônia britânica, em particular desde a chegada ao poder do presidente Xi Jinping.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Os manifestantes pedem, entre outras coisas, a instauração de um verdadeiro sufrágio universal e uma investigação sobre a ação da polícia.</div>