[FOTO1]O presidente Jair Bolsonaro comentou à presidência da Bolívia, anunciada, neste domingo (10/11), após o comandante do Exército do país vizinho pedir para o governante deixar o poder. Evo tomou a decisão em meio a uma onda de protestos por sua questionada reeleição na votação de 20 de outubro, na qual a Organização de Estados Americanos (OEA) apontou irregularidades. Bolsonaro usou a crise boliviana para voltar a defender o voto impresso no Brasil.
"Denúncias de fraudes nas eleições culminaram na renúncia do Presidente Evo Morales. A lição que fica para nós é a necessidade, em nome da democracia e transparência, contagem de votos que possam ser auditados. O VOTO IMPRESSO é sinal de clareza para o Brasil", tuitou o presidente Brasileiro, que, em entrevista ao jornal O Globo, negou que tenha havido um golpe militar na Bolívia.
Denúncias de fraudes nas eleições culminaram na renúncia do Presidente Evo Morales. A lição que fica para nós é a necessidade, em nome da democracia e transparência, contagem de votos que possam ser auditados. O VOTO IMPRESSO é sinal de clareza para o Brasil!
%u2014 Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro)
;A palavra golpe é usada muito quando a esquerda perde, né? Quando eles ganham, é legítimo. Quando eles perdem, é golpe. Eu não vou entrar nessa narrativa deles aí. A esquerda vai falar que houve golpe agora;, afirmou.
Já o ex-presidente Lula manifestou apoio ao aliado e amigo Evo Morales.
"Acabo de saber que houve um golpe de estado na Bolívia e que o companheiro @evoespueblo foi obrigado a renunciar. É lamentável que a América Latina tenha uma elite econômica que não saiba conviver com a democracia e com a inclusão social dos mais pobres", tuitou o petista, que deixou a carceragem da Polícia Federal em Curitiba na sexta-feira (8/11), beneficiado pela decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que vedou a possibilidade de prisão após condenação em segunda instância.
Acabo de saber que houve um golpe de estado na Bolívia e que o companheiro foi obrigado a renunciar. É lamentável que a América Latina tenha uma elite econômica que não saiba conviver com a democracia e com a inclusão social dos mais pobres.
%u2014 Lula (@LulaOficial)
O próprio Evo Morales, também pelo Twitter, destacou o foco no social dos 13 anos do seu governo. "Nos acusam de ditadura os que perderam de nós em tantas eleições. Hoje a Bolívia é uma Pátria livre, uma Bolívia com inclusão, dignidade, soberania e força econômica".
Renuncio para que Mesa y Camacho no sigan persiguiendo, secuestrando y maltratando a mis ministros, dirigentes sindicales y a sus familiares y para que no sigan perjudicando a comerciantes, gremiales, profesionales independientes y transportistas que tienen el derecho a trabajar.
%u2014 Evo Morales Ayma (@evoespueblo)
Pelo Twitter, o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Ernesto Araújo, também se pronunciou sobre a situação política da Bolívia. O chanceler culpou a "tentativa de fraude eleitoral maciça" pela saída de Evo Morales, defendendo que não houve golpe ; como os defensores do boliviano alegam.
"Não há nenhum golpe na Bolívia. A tentativa de fraude eleitoral maciça deslegitimou Evo Morales, que teve a atitude correta de renunciar diante do clamor popular. Brasil apoiará transição democrática e constitucional. Narrativa de golpe só serve para incitar violência", escreveu Araújo.
Não há nenhum golpe na Bolívia. A tentativa de fraude eleitoral maciça deslegitimou Evo Morales, que teve a atitude correta de renunciar diante do clamor popular. Brasil apoiará transição democrática e constitucional. Narrativa de golpe só serve para incitar violência.
; Ernesto Araújo (@ernestofaraujo)