<div style="text-align: justify">[FOTO1]Os manifestantes <strong>pró-democracia</strong> em <strong>Hong Kong</strong> e a polícia se enfrentavam nesta terça-feira (12/11) no distrito comercial do território chinês e em diferentes <strong>campi universitários</strong>, após um dos dias mais violentos em <strong>cinco meses</strong> de protestos.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Na segunda-feira (11/11), um manifestante de 21 anos ficou ferido pelo disparo de um policial. Um homem teve o <strong>corpo incendiado</strong>.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Hoje, pequenos grupos de <strong>jovens mascarados</strong> voltaram a bloquear as principais conexões, lançaram objetos nas vias e impediram a saída dos metrôs.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">"O Estado de Direito em Hong Kong foi levado à beira do colapso total", disse em entrevista coletiva na terça à tarde o porta-voz da polícia, Kong Wing-cheung, que denunciou atos de violência.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">No bairro Central, onde estão as grandes empresas estrangeiras e as lojas de luxo, milhares de funcionários de escritórios organizaram concentrações espontâneas na hora do almoço, gritando: "Lutem pela liberdade, apoiem Hong Kong".</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Centenas de manifestantes radicais vestidos de preto e com máscaras bloquearam a circulação com um ônibus em uma das grandes artérias do bairro.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Na sequência, lançaram paralelepípedos e outros objetos, e o Batalhão de Choque respondeu com gás lacrimogêneo.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Os campi universitários se transformaram, pela primeira vez, em palco de enfrentamentos.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Na Universidade chinesa de Hong Kong, a polícia disparou gás lacrimogêneo e balas de borracha nas centenas de manifestantes que ergueram barricadas.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Os manifestantes jogaram pedras e coquetéis molotov, e um veículo, usado para instalar uma barricada, foi incendiado.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Na Universidade municipal de Hong Kong, do alto de uma passarela, os manifestantes lançaram paralelepípedos nos policiais.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Grupos de manifestantes radicais com máscaras também colocaram barricadas no local e bloquearam várias vias nas universidades de Hong Kong. Na Politécnica, houve confrontos quando a polícia tentava prender uma estudante.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">A circulação de ônibus e metrôs foi bastante afetada pelo segundo dia consecutivo em muitos bairros da cidade.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">[SAIBAMAIS]Os veículos da imprensa oficial chinesa noticiaram hoje que o Exército Popular de Libertação, que tem uma guarnição em Hong Kong, está pronto para apoiar a polícia, se for necessário.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Hong Kong teve na segunda-feira um de seus dias mais violentos e caóticos em 24 semanas de mobilização para pedir reformas democráticas.</div><h3 style="text-align: justify">Pedidos de calma </h3><div style="text-align: justify">Ao longo do dia, os manifestantes saquearam estações de metrô e instalaram barricadas em alguns cruzamentos. Também atacaram lojas que consideram favoráveis ao governo de Pequim.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">O vídeo do policial atirando em um manifestante na segunda-feira foi transmitido ao vivo no Facebook e viralizou, causando grande comoção entre os manifestantes.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Outro vídeo divulgado depois mostra um homem jogando líquido inflamável em alguém. Ele ateia fogo em seguida. A vítima queimada e o que foi baleado se encontravam em estado crítico nesta terça, de acordo com fontes médicas.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Esta jornada de violência levou as potências ocidentais a pedirem à chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam, que chegue a um acordo com os manifestantes.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">"Condenamos a violência de todas as partes [...] e pedimos a todas as partes - polícia e manifestantes - que mostrem moderação", declarou um porta-voz do Departamento de Estado americano, que manifestou sua "grave preocupação".</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Já o Ministério britânico das Relações Exteriores considerou "profundamente preocupante" a violência registrada na segunda-feira.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">"Os manifestantes deveriam evitar a violência, e a polícia, não responder de maneira desproporcional", declarou o porta-voz da diplomacia britânica.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Ao ser questionado sobre essas críticas, o Ministério das Relações Exteriores chinês rejeitou as considerações de Londres e Washington e apoiou o policial que atirou.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">"Como se pode ver no vídeo, o agitador atacou o policial primeiro, e este reagiu em total conformidade com a lei", disse o porta-voz do Ministério, Geng Shuang.</div>