<div style="text-align: justify">[FOTO1]Novos <strong>protestos</strong> e uma<strong> greve de professores e alunos</strong> sacodem o Iraque nesta terça-feira (12/11), onde a ONU está cada vez mais envolvida para tentar resolver uma crise marcada pela <strong>violência</strong>.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Desde o início de outubro, o balanço oficial é de <strong>319 mortos</strong>, em sua maioria manifestantes. Um recente acordo político, alcançado com a mediação do Irã, provoca o temor de um <strong>"banho de sangue"</strong>.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Com o aumento do número de mortos e o centro de Bagdá transformado em um campo de batalhas, a <strong>ONU</strong> intensifica suas atividades no país.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Nas ruas, os manifestantes tentam manter a mobilização, apesar da <strong>repressão violenta das autoridades</strong>. Nos últimos dias, a emblemática Praça Tahrir de Bagdá registra um número de pessoas menor do que nas duas semanas posteriores à retomada do movimento em 24 de outubro.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Ao mesmo tempo, na região sul xiita e tribal a desobediência civil continua. A cidade de Kut era cenário de manifestações, enquanto escolas e prédios públicos permaneceram fechados.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Em Nassiriya dois manifestantes foram assassinados durante a noite. Na cidade de Diwaniya muitos centro de ensino cancelaram as aulas.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Em Bagdá, jovens enfrentaram as forças de segurança durante a noite de segunda-feira (11/11) no centro comercial da cidade. As ruas desta área da capital foram fechadas nesta terça-feira com blocos de cimento, enquanto nas proximidades a polícia usava bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">[SAIBAMAIS]Em um momento de grave crise política, a diretora da Missão de Assistência das Nações Unidas no Iraque (UNAMI), Jeanine Hennis Plasschaert, visitou Najaf, residência do grande aiatolá Ali Sistani. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">A funcionária da ONU afirmou que o clérigo, principal autoridade religiosa para a maioria dos xiitas do Iraque, aceitou o plano que prevê, entre outras coisas, uma revisão da lei eleitoral em duas semanas. Na quarta-feira (13/11), Jeanine será recebida no Parlamento para uma sessão que pode começar a examinar reformas.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Na segunda-feira , o grande aiatolá questionou a seriedade das autoridades para concretizar as reformas exigidas pela população, que deseja uma nova Constituição, uma reforma do sistema político e uma classe dirigente totalmente renovada para acabar com os corruptos.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">As autoridades ficaram abaladas no início de outubro com um movimento inédito no país, mas conseguiram retomar o controle. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">O primeiro-ministro Adel Abdel Mahdi não fala em renúncia. O presidente Barham Saleh, que discreto por um período, passou a aparecer com frequência ao lado de Abdel Mahdi.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">A pedido do poderoso general iraniano Qassem Soleimani, que atua com frequência em questões iraquianas, os partidos governistas chegaram a um acordo para acabar com os protestos, inclusive com o uso da força.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Desde o acordo, 18 manifestantes morreram e a Anistia Internacional expressou preocupação com o "banho de sangue".</div>