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Israel e palestinos trocam bombardeios

postado em 13/11/2019 04:06
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Um dos dias mais violentos de escaramuças entre Israel e extremistas palestinos terminou com ao menos sete mortos e 40 feridos na Faixa de Gaza, além de 39 pessoas atendidas pelo serviço médico no sul do território israelense. Os incidentes começaram com um ataque localizado que matou um comandante militar da organização Jihad Islâmica, que respondeu com o disparo de 200 foguetes a partir do enclave palestino ; o que desatou seguidas rodadas de bombardeios aéreos.

O grupo extremista confirmou a morte do comandante Baha Abul al-Ata e de sua mulher, Asma, no edifício onde viviam em Gaza, território governado desde 2006 pelo Hamas, principal movimento islâmico palestino. Poucas horas depois, já em meio à chuva de foguetes lançados contra cidades israelenses, mais dois palestinos foram mortos em outros bombardeios no território. Em Damasco, na Síria, o filho de outro líder da Jihad foi morto com mais uma pessoa, em ataque que a agência local de notícias Sana atribuiu a Israel.

Os alto-falantes das mesquitas anunciaram o ;martírio; de Al-Ata, 42 anos, que tinha cinco filhos e ingressou na Jihad Islâmica nos anos 1990. A organização se declarou prontamente em estado de ;alerta máximo; e iniciou a represália. Sirenes de alerta antimísseis soaram em várias cidades israelenses, inclusive Tel Aviv, mas a maior parte dos 200 projéteis disparados de Gaza foi interceptada pelo sistema de defesa Iron Dome. Os ataques causaram danos de menor escala em Sderot, onde uma casa, uma fábrica e um trecho de estrada foram atingidos.

O porta-voz do Exército israelense, Jonathan Conricus, declarou que os militares se prepararam ;para vários dias de confrontos;, se necessário, mas frisou que a expectativa é de evitar uma nova etapa no confronto com os movimentos radicais que controlam Gaza. ;Nossa mensagem para o Hamas e a Jihad Islâmica é que não buscamos uma escalada, mas estamos preparados para cenários defensivos e ofensivos;, advertiu o oficial. Conricus se recusou, porém, a confirmar o ataque em Damasco contra a casa de Akram Ajuri, outro dirigente da Jihad.

Israel justificou o ataque inicial contra Gaza apontando Al-Ata como responsável por vários disparos de foguetes contra Israel. De acordo com o primeiro-ministro em exercício, Benjamin Netanyahu, o dirigente morto estaria preparando ;ataques iminentes; contra o país, incluindo o uso de drones e foguetes e a ação de franco-atiradores.

As escaramuças de ontem interromperam um período de relativa entre Israel e Gaza, garantido por um cessar-fogo firmado após uma troca de hostilidades com o Hamas, em agosto. O acordo foi mediado pelo Egito e pelo Catar, com aval das Nações Unidas, mas não teve a adesão explícita da Jihad Islâmica.

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