<div style="text-align: justify">[FOTO1]A disputa entre o presidente americano, <strong>Donald Trump</strong>, e os <strong>democratas</strong> fica sob escrutínio do Congresso a partir desta quarta-feira (13/11), com as primeiras audiências públicas no âmbito da investigação por abuso de poder que pode levar a seu impeachment.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Investigado pela suspeita de pressionar a Ucrânia com <strong>fins eleitorais</strong>, o republicano denunciou o processo como uma "caça às bruxas" e até tentativa de "golpe de Estado", prometendo se vingar nas urnas em 2020.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">As <strong>audiências públicas</strong> começam hoje à tarde com os testemunhos de <strong>dois diplomatas</strong>: William Taylor, encarregado dos assuntos americanos na Ucrânia; e George Kent, alto funcionário do Departamento de Estado para Assuntos Europeus e Eurasiáticos. Ambos já haviam sido sabatinados a portas fechadas pelos congressistas.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Os republicanos criticam a espetacularização do processo, mas os democratas defendem seu trabalho. A investigação foi lançada em setembro na Câmara de Representantes, onde são maioria. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Trump é o terceiro presidente na história dos Estados Unidos a ser ameaçado por um processo de impeachment. Até hoje, nenhum foi afastado do cargo.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Os democratas estão agindo com rapidez para conseguir chegar à votação que leve ao julgamento político contra o presidente. Com um Senado controlado pelos republicanos, é pouco provável que Trump seja afastado, já que esta Casa tem a última palavra no processo.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">[SAIBAMAIS]O caso explodiu com o vazamento de um telefonema, em 25 de julho, no qual Trump pede a seu homólogo ucraniano, Volodimir Zelensky, que investigue o ex-vice-presidente Joe Biden, um dos pré-candidatos democratas favoritos nas pesquisas para enfrentar Trump no ano que vem.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">A suspeita é que o presidente tenha condicionado uma ajuda militar de 400 milhões de dólares a uma investigação, por parte de Kiev, sobre os negócios do filho de Joe Biden, Hunter, no país. De 2014 e 2019, ele trabalhou em uma importante empresa de gás ucraniano.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">O conteúdo da ligação alarmou vários funcionários da Casa Branca e agentes de Inteligência. Um deles alertou seus superiores, deflagrando o escândalo.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">"A acusação contra o presidente é que ele pediu a intervenção estrangeira em uma eleição americana, que condicionou atos oficiais à realização destes favores políticos", disse em uma entrevista o representante democrata Adam Schiff, que preside o Comitê de Inteligência.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Ele também acusou o presidente de "suborno". </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Além de abuso de poder, os democratas querem saber se a Casa Branca tentou obstruir a investigação do Congresso e esconder os indícios existentes.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Na terça à noite, os democratas divulgaram o calendário de oito testemunhos previstos para a próxima semana. Todos já haviam sido ouvidos a portas fechadas.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Sem sucesso até o momento, os republicanos insistem no depoimento público de Hunter Biden e do informante.</div>