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Trump indulta militares acusados de crimes de guerra

Mesmo com críticas, o presidente norte-americano decidiu pelo indulto

Agência France-Presse
postado em 16/11/2019 10:26
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O presidente Donald Trump concedeu indultos na sexta-feira (15/11) a um ex-soldado americano condenado por assassinato e a um militar de elite acusado de matar um talibã, apesar das críticas de ex-comandantes militares.

O chefe de Estado republicano decidiu indultar o primeiro-tenente Clint Lorance, condenado por ter ordenado em 2012 um ataque a tiros contra três civis afegãos - dois deles morreram. O oficial já cumpriu seis dos 19 anos de prisão de sua pena

"Muitos americanos pediram uma medida de clemência a favor de Lorance, incluindo 124.000 pessoas que assinaram uma petição enviada à Casa Branca, assim como vários membros do Congresso americano", justificou a presidência americana em um comunicado.

Trump também concedeu indulto a Matt Golsteyn, ex-membro das forças especiais do exército, acusado pelo assassinato em 2010 de um talibã suspeito de fabricar bombas.

Além disso, o presidente anulou a decisão que rebaixou a patente de Edward Gallagher, um soldado que integra outra unidade de elite, os "Navy Seals", acusado de matar a facadas um jovem do grupo extremista Estado Islâmico que havia sido detido e de ter executado outros civis.

Gallagher havia sido exonerado em julho da maioria das acusações, mas foi condenado por posar em uma foto com outros "Seals" ao lado do corpo do jovem jihadista.

O almirante da reserva James Stravridis se declarou contrário aos indultos quando o presidente americano citou a possibilidade.

"Comandei vários destes soldados que (Trump) poderia indultar", afirmou o militar, atualmente comandante na Otan.

"Indultá-los enfraqueceria o exército", completou em um artigo para a revista Time.

"Os indultos seriam uma afronta à ideia de ordem e disciplina e à ideia de um Estado de direito", reagiu Pete Buttigieg, um veterano da Marinha americana e pré-candidato democrata à presidência.

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