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Violência preocupa Europa e Washington

postado em 19/11/2019 04:35
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Diante da escalada de violência em Hong Kong e de uma nova ameaça de intervenção da China para resolver a crise política no território semiautônomo, a comunidade internacional externou ontem preocupação com o cenário. A União Europeia (UE) instou ontem os dois lados a agirem com moderação. Por sua vez, os Estados Unidos colocaram nas mãos do governo da ex-colônia britânica a competência para acabar com os enfrentamentos. ;O governo de Hong Kong tem a responsabilidade principal de promover a calma;, disse o chefe da diplomacia americana, Mike Pompeo.

;Os Estados Unidos estão profundamente preocupados com o agravamento dos distúrbios políticos e da violência em Hong Kong, incluindo os confrontos entre manifestantes e a polícia na Universidade Politécnica de Hong Kong e em outros câmpus;, assinalou Pompeo, destacando que ;apenas os esforços das forças da ordem; não são suficientes para se resolver a crise.

Pompeo pediu a chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam, que abra uma ;investigação independente sobre os incidentes relacionados aos manifestantes;. ;Pedimos em repetidas ocasiões moderação a todas as partes em Hong Kong. A violência, em qualquer um dos lados, é inaceitável;.

Por sua vez, Federica Mogherini, chefe da diplomacia europeia, fez um apelo ao governo e aos manifestantes. ;É crucial que todas as partes ajam com moderação e se comprometam construtivamente nos esforços para reduzir a escalada. Qualquer tipo de violência é inaceitável.; Desde junho, Hong Kong é palco de manifestações sem precedentes contra a ingerência de Pequim e a favor de mais democracia no território de 7,5 milhões de habitantes, que sofre sua maior crise política desde que voltou à soberania chinesa em 1997.

Fuga
Ontem, dezenas de manifestantes pró-democracia cercados pela polícia na Universidade Politécnica (PolyU) conseguiram escapar. Eles desceram de uma passarela por uma corda e depois foram resgatados por motociclistas. Até a noite de ontem, não se sabia quantos ficaram entricheirados no câmpus.

A fuga espetacular ocorreu quando a polícia ameaçou usar ;balas reais;, caso manifestantes radicais recorressem a ;armas letais; para enfrentar as forças de ordem. Anteriormente, os manifestantes haviam incendiado a entrada da universidade para impedir a intervenção da polícia.

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