<div style="text-align: justify">[FOTO1]O <strong>papa Francisco</strong> chegou, nesta quarta-feira (20/11), à <strong>Tailândia</strong>, a primeira etapa de sua <strong>jornada asiática</strong> que também o levará ao <strong>Japão</strong>, uma viagem <strong>focada no diálogo inter-religioso</strong> e na <strong>eliminação de armas nucleares</strong>.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">O avião que transportava o<strong> pontífice</strong>, o primeiro em mais de 30 anos a visitar esses dois países onde os <strong>católicos</strong> são minoria, aterrissou no final da manhã no aeroporto internacional de Don Mueang em Bangcoc, de acordo com uma jornalista da AFP a bordo.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Sorridente, Francisco foi recebido pelo vice-primeiro-ministro da Tailândia, Somkid Jatusripitak, e pelo ministro das Relações Exteriores, Don Pramudwinai.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Sua prima Ana Rosa Sivori, missionária há mais de 50 anos no reino, também estava presente.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">"Ele me disse que estava feliz em me ver e por eu poder servir de intérprete", declarou Ana Rosa, que tem um bisavô em comum com o papa. "Sua visita não é uma honra para mim, mas para todos os tailandeses porque ele veio aqui para falar sobre tolerância religiosa".</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify"><strong>Dezenas de jovens</strong> com as bandeiras da Tailândia e do Vaticano cumprimentaram Francisco, que pegou nos braços uma menina Hmong, uma das muitas minorias étnicas do país, em traje tradicional preto e rosa.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">O papa então partiu para a embaixada do Vaticano, no centro da capital da Tailândia, onde "agora está descansando de sua longa jornada", segundo a irmã Ana Rosa Sivori. </div><h3 style="text-align: justify">Minoria católica </h3><div style="text-align: justify">Tailândia e Japão foram evangelizados por missionários jesuítas em meados do século XVI, mas os católicos são ultra-minoritários.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Em uma mensagem aos tailandeses antes de sua partida, Francisco, de 82 anos, prestou homenagem a uma "nação multiétnica" que "trabalhou duro para promover a harmonia e a convivência pacífica, não apenas entre seus habitantes, mas também em toda a região do Sudeste Asiático".</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Ele também disse que espera "fortalecer os laços de amizade" com os budistas. Na quinta-feira, ele se encontrará com o 20; patriarca supremo, Somdej Phra Maha Muneewong, em um local sagrado do budismo, religião praticada por 95% das pessoas no reino. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">[SAIBAMAIS]Ele também manterá conversas privadas com o primeiro-ministro, o general Prayut Chan-O-Cha, bem como com o rei da Tailândia, Maha Vajiralongkorn. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Francisco finalmente celebrará uma missa no grande estádio de Bangcoc para a comunidade católica do país, que tem cerca de 400.000 batizados. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Cerca de 50.000 fiéis - incluindo várias centenas de cristãos, membros da minoria karen vindos das províncias remotas na fronteira com Mianmar - devem estar presentes.</div><h3 style="text-align: justify">Armas nucleares "imorais" </h3><div style="text-align: justify">Os karens que acompanho "não estão muito cientes. No momento, só estão preocupados em deixar seus arrozais no momento da colheita, mas terão orgulho de poder contar a experiência", relatou à AFP Paif, uma irmã karen, antes de embarcar na longa jornada para Bangcoc.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">A sexta-feira será dedicada a reuniões com padres, religiosos e bispos do país, mas também a outra missa que ele celebrará na Catedral de Bangcoc, especialmente dedicada aos jovens.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Ele voará no dia seguinte para o Japão, um país que desejava conhecer desde a época em que era um jovem seminarista.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">O ápice da visita será no domingo, dia dedicado a Nagasaki e a Hiroshima, as duas cidades atacadas há 74 anos com bombas atômicas americanas e que causaram a morte de 74.000 e 140.000 pessoas, respectivamente.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Nestas cidades, símbolos do horror da guerra, o papa argentino prestará uma comovente homenagem às vítimas dos primeiros e únicos ataques atômicos da história e suplicará ao mundo pela eliminação total das armas nucleares.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">"Usar armas nucleares é imoral", clamou o papa antes de embarcar.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Esta será sua quarta viagem ao continente asiático, após ter visitado a Coreia, em 2014; Sri Lanka e Filipinas, em 2015; e Mianmar e Bangladsh, em 2017.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Com esta viagem, Francisco totaliza 51 países visitados desde o início de seu pontificado, afirmou o porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Na aeronave, o papa enviará telegramas para as autoridades dos territórios por onde sobrevoará, entre eles Hong Kong, Taiwan e China.</div>