postado em 21/11/2019 04:06
[FOTO1]O governo da Colômbia informou que manterá fechadas todas as fronteiras terrestres e fluviais do país com Brasil, Equador, Venezuela e Peru. A medida começou a valer na madrugada de hoje e se estenderá até as 5h de amanhã. De acordo com o Executivo, a decisão visa ;garantir plena normalidade no desenvolvimento das marchas que serão realizadas nas diferentes regiões do país, na quinta-feira;. Hoje, o presidente Iván Duque enfrenta um dos maiores testes em 15 meses de governo, com uma greve geral convocada por várias organizações dos trabalhadores. O Comando Nacional Unitário, que reúne um leque de centrais sindicais, convocou a paralisação em protesto contra políticas econômicas da Casa de Nariño, sede do Executivo, principalmente reformas que afetam o mercado de trabalho e o sistema previdenciário.
Por meio de um comunicado, o Ministério de Migração colombiano informa que, ao se reabrir as fronteiras amanhã, haverá um reforço nas operações, ;a fim de evitar congestionamentos de viajantes que se encontram represados no território nacional;. Ao todo, 12 pontos de fronteira estão fechados. Muitos venezuelanos cruzaram a fronteira, entre San Antonio del Tachira (Venezuela) e Cúcuta (Colômbia), atravessando o rio.
De acordo com a mídia colombiana, a decisão do governo de fechar fronteiras foi tomada diante do temor de violência, depois de o serviço de inteligência do país detectar a intenção de estrangeiros de se infiltrarem nas manifestações que devem ocorrer pelo país. Nas últimas horas, Duque publicou uma série de mensagens no Twitter em que buscava transmitir aos eleitores os êxitos de seu governo.
Direito
Ele também comentou a greve geral marcada para hoje. ;O protesto social pacífico é um direito constitucional, o qual garantimos, mas seremos implacáveis com os atos de vandalismo. Temos tomado as precauções com as autoridades para que as manifestações se desenrolem com tranquilidade;, disse. No último dia 16, Duque declarou que as forças de segurança devem assegurar a manifestação pacífica, como expressão da democracia, e proteger os cidadãos do vandalismo. ;Também é seu dever evitar que alguns pretendam usurpar suas funções.;
Em seu editorial, o jornal El Espectador afirmou que ;é muito provável que, em 21 de novembro, ocorram desmandos;. ;Há muita animosidade no ar e, em mar revolto, os vândalos e sabotadores procuram o caos;, avaliou. ;Entretanto, tudo deve ter suas justas proporções. Se milhares de colombianos partem pacificamente, é injusto que o enfoque da cobertura da paralisação seja o da violência.;