postado em 22/11/2019 04:15
[FOTO1]No Brasil, há o interesse de usar a bactéria Wolbachia para ajudar a proteger a população do zika e estender a iniciativa para outras regiões. O plano dos cientistas é proteger 1,5 milhão de pessoas com a liberação dos mosquitos modificados em território brasileiro. ;Essa será uma etapa muito importante. Com ela, garantiremos a segurança do uso desses insetos. Pretendemos tornar essa tecnologia ainda mais acessível para que possa ser usada constantemente como um dos fatores de prevenção da dengue e de outras doenças relacionadas a esse mosquito;, diz Betina Durovni, uma das autoras do estudo e coordenadora de epidemiologia do World Mosquito Program (WMP).
Os testes também terão continuidade na Indonésia. E novos países devem entrar na pesquisa, como Colômbia, Sri Lanka, Índia e nações insulares do Pacífico Ocidental. ;Estamos muito empolgados com o fato de esse método autossustentável e econômico poder ser adotado pelas comunidades e oferecer os benefícios de saúde pública que esperávamos;, frisa Cameron Simmons, diretor de avaliação de impacto e especialista na área de epidemiologia da dengue na WMP.
A intenção do grupo é trabalhar com parceiros e governos para levar o método a 100 milhões de pessoas até 2023. ;Esse é um trabalho emocionante, realizado no meio de um cenário de explosão de infecções de dengue que as autoridades de saúde encontram dificuldades para controlar. A combinação de ciência avançada e engajamento comunitário comprometido é impressionante e essencial para seu sucesso;, diz, em comunicado, Chandy C. John, presidente da Sociedade Americana de Medicina Tropical e Higiene, onde os resultados do trabalho foram apresentados. (VS)
100 milhões
Quantidade de pessoas que poderão ser beneficiadas pela iniciativa até 2023