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Mulher finge ''pedir pizza'' para denunciar violência doméstica à polícia

A mulher teria fingido ligar para uma pizzaria para despistar o agressor da mãe, nos Estados Unidos

Maria Baqui*
postado em 26/11/2019 16:33
[FOTO1]Em Oregon, nos Estados Unidos, um pedido de pizza fugiu do sentido literal e serviu como denúncia de violência doméstica. Em 12 de novembro, uma mulher decidiu fingir que estava pedindo uma pizza para denunciar que a mãe estaria sendo agredido pelo parceiro. À BBC, a moça revelou que o homem foi preso posteriormente.

A ligação foi feita à polícia local. Porém, para o companheiro da mãe, a moça estaria ligando para uma pizzaria da cidade. Durante a chamada, a moça deu os sinais necessários para que os policiais percebessem, depois de minutos de conversa, que se tratava de um pedido de socorro.

De acordo com informações da BBC, no início da ligação, o atendente da delegacia, Tim Teneyck, teria insistido que a moça havia se equivocado ao discar o número e ligado para o local errado. Todavia, com a insistência dela em afirmar que não teria cometido esse erro, ele pôde notar o que estava acontecendo.

A moça, então, teria encontrado maneiras criativas de responder às perguntas feitas pelo policial. Durante parte do diálogo, ela utilizou as palavras "sim" e "não" para dar pistas sobre a situação que estaria ocorrendo no local em que estava.

Teneyck, ao ser entrevistado pela emissora local 13 ABC, disse que a conversa teria sido assim:

Teneyck: Oregon, 911
Moça: Gostaria de pedir uma pizza.
Teneyck: Você ligou para o 911 e quer pedir pizza?
Moça: É; Sim. Apartamento (número do apartamento).
Teneyck: Esse é o número errado, aqui não é pizzaria...
Moça: Não, não! Você não está entendendo...
Teneyck: Estou entendendo agora. O cara está aí?
Moça: Sim. Quero uma pizza grande.
Teneyck: Ok. E médico, você precisa de ser atendida por um médico?
Moça: Não. Com pepperoni.

A ocorrência da situação não é novidade para polícia americana. De acordo com Teneyck, a ideia de simular uma ligação para outro estabelecimento como pedido de ajuda ocorre constantemente no país, porém ele afirma que "não é algo para o qual alguém seja treinado para lidar".

* Estagiária sob supervisão de Roberto Fonseca



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