<div style="text-align: justify">[FOTO1]Os pedidos de ação urgente e resoluta para <strong>salvar a Humanidade </strong>dos problemas provocados pela <strong>mudança climática</strong> se multiplicaram nesta segunda-feira (2/12) na abertura da <strong>COP25</strong> em Madri, ante temores de que a reunião possa ficar abaixo das expectativas.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Relatórios alarmantes divulgados por cientistas, desobediência civil, manifestações de milhões de jovens. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Desde o ano passado os países signatários do Acordo de Paris são alvo de uma pressão sem precedentes, resumida na hashtag escolhida para as duas semanas de reunião: <strong>#TimeforAction</strong>.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Os apelos por ação urgente foram repetidos no dia de abertura da 25; Conferência do Clima da ONU (COP25).</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">"Realmente queremos entrar para a história como a geração que agiu como o avestruz, que brincava enquanto o mundo queimava?", questionou o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Diante dos representantes de quase 200 signatários do Acordo de Paris, entre eles 40 chefes de Estado ou de Governo, Guterres pediu uma escolha entre a "esperança" de um mundo melhor e a tomada de ações, ou a "capitulação".</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Na cerimônia de inauguração do evento, que acontece em Madri depois que o Chile desistiu de abrigar a reunião em consequência da revolta social no país, Guterres destacou sua "frustração" com a lentidão das mudanças, insistindo na necessidade de atuar de forma urgente.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">"O ponto de não retorno não está longe no horizonte, conseguimos ver e se aproxima a toda velocidade", declarou Guterres no domingo.</div><h3 style="text-align: justify">Cada grau conta </h3><div style="text-align: justify">Há alguns dias, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) divulgou um relatório muito duro a respeito da esperança de cumprir o objetivo ideal do Acordo de Paris: limitar o aquecimento a %2b1,5 ;C na comparação com a era pré-industrial. Para alcançar a meta seria necessário reduzir as emissões de CO2 em 7,6% por ano até 2030. Mas não há sinal de queda.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">As temperaturas já subiram quase 1 ;C, multiplicando as catástrofes climáticas. E cada grau adicional deve aumentar os efeitos.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">No ritmo atual, a temperatura poderia aumentar 4 ou 5 ;C até o fim do século. Mesmo que os Estados cumpram os compromissos atuais, a alta no termômetro pode superar 3 ;C.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">[SAIBAMAIS]"Continua faltando vontade política", lamentou Guterres, antes de afirmar que os maiores emissores de CO2 "não cumprem sua parte".</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">"Alguns países como China e Japão dão sinais de sua relutância a aumentar sua ambição", disse Laurence Tubiana, idealizadora do Acordo de Paris.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">O governo dos Estados Unidos acaba de confirmar sua retirada do acordo no próximo ano, embora seus cidadãos continuem comprometidos com a luta contra a mudança climática, afirmou a presidente da Câmara de Representantes, a democrata Nancy Pelosi, que, em um gesto político, lidera a delegação do Congresso americano em Madri.</div><h3 style="text-align: justify">Atenção voltada para a UE </h3><div style="text-align: justify">Neste contexto, a atenção está voltada para a União Europeia (UE), que tem ampla representação na conferência.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">"Em uma época marcada pelo silêncio de alguns, a Europa tem muito o que dizer nesta batalha", afirmou o primeiro-ministro espanhol, o socialista Pedro Sánchez.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">"Porque assim exigem nossas sociedades. Mas também por uma questão de justiça histórica elementar: se a Europa liderou a revolução industrial e o capitalismo fóssil, a Europa tem que liderar a descarbonização", completou.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Os defensores do planeta esperam que uma reunião europeia em 12 e 13 de dezembro alcance um acordo sobre a neutralidade de carbono até 2050. Mas será necessário esperar até 2020 para que a UE apresente uma revisão de suas ambições a curto prazo.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">"Seremos os campeões da transição verde", garantiu o novo presidente do Conselho Europeu, Charles Michel. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">"Tivemos a revolução industrial, a revolução tecnológica, está na hora da revolução verde", completou.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">No momento, apenas 68 países se comprometeram a revisar e intensificar os compromissos de redução de emissões de CO2 em 2020, antes da COP26 em Glasglow, mas estas nações representam apenas 8% das emissões mundiais, de acordo com especialista.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Os países do hemisfério sul desejam ser ouvidos e exigem que as nações do norte assumam suas responsabilidades, com ajuda para enfrentar os desastres previstos.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">"A água já cobre grande parte de nosso território em algum momento do ano. Nos recusamos a morrer", afirmou em um vídeo a presidente das Ilhas Marshall, Hilda Heine.</div>