<div style="text-align: justify">[FOTO1]A <strong>Huawei </strong>anunciou nesta quinta-feira (5/12) a segunda <strong>ação judicial </strong>contra a administração americana, que excluiu a empresa chinesa de telecomunicações de um fundo federal destinado ao desenvolvimento de infraestruturas em áreas rurais, alegando supostas razões de <strong>segurança nacional</strong>.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Em plena guerra comercial, tecnológica e diplomática entre Pequim e Washington, a Huawei denunciou uma decisão "ilegal" por parte da administração Trump, que considera a empresa líder mundial de equipamentos 5G um ;cavalo de Troia; do regime chinês. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">"A Huawei é uma empresa chinesa. Esta é a única desculpa de Washington para perseguir o grupo", denunciou o diretor do departamento jurídico do grupo, Song Liuping.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Em uma entrevista coletiva na sede do grupo em Shenzhen, sul da China, Song anunciou a apresentação de uma denúncia nos Estados Unidos contra a decisão do governo americano de afastar a Huawei de um fundo federal para o desenvolvimento de infraestruturas de telecomunicações em zonas rurais.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Washington suspeita que tanto a Huawei como a ZTE, outra empresa chinesa, poderiam espionar para Pequim, o que motivou a exclusão dos dois grupos, mês passado, de um fundo de 8,5 bilhões de dólares administrado pela Comissão Federal de Comunicações (FCC). </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Alegando uma "ameaça para a segurança nacional", a FCC proibiu que as operadoras de telecomunicações americanas recorram ao Fundo de Serviço Universal (USF) para financiar equipamentos das duas empresas chinesas. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">[SAIBAMAIS]Também apresentou uma proposta para "exigir das empresas que recebam recursos do USF que retirem e substituam os equipamentos e serviços" prestados pela Huawei e ZTE. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">O presidente da FCC, Ajit Pai, justificou a decisão apontando que Huawei e ZTE "têm vínculos estreitos com o governo comunista e o aparato militar chinês". </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">A Huawei, segunda maior empresa mundial de telefonia móvel, está no centro da batalha tecnológica entre China e Estados Unidos. Especialmente porque o grupo, fundado por um ex-engenheiro do exército chinês, Ren Zhengfei, é considerado um ator inevitável no fornecimento de equipamentos de tecnologia 5G, a quinta geração da internet móvel. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Para Song, a decisão da FCC não estabeleceu que a empresa chinesa constitui uma ameaça para a segurança dos Estados Unidos.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">"Vetar uma empresa como a Huawei não resolve as questões de cibersegurança", declarou. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">A Huawei apresentou uma denúncia em março nos Estados Unidos contra a lei de finanças do Departamento de Defesa americano, que proíbe que as administrações públicas comprem equipamentos ou contratem serviços da empresa chinesa. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">O Departamento do Comércio incluiu em maio a Huawei e suas filiais em uma lista de grupos proibidos de fazer negócios com empresas americanas. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">A medida foi um duro golpe para a Huawei, que depende de tecnologia americana para seus smartphones, sobretudo o sistema operacional Android, do Google.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Mas também foi um golpe para as empresas americanas, que têm na Huawei um cliente importante, e para as operadoras que contam com os equipamentos do grupo para desenvolver o 5G.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Por este motivo, o governo Trump indicou no mês passado que começou a aprovar, em alguns casos, que algumas empresas americanas possam vender componentes para a Huawei, desde que exportem produtos que não colocam em risco a segurança nacional.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">A ZTE ficou perto da falência no ano passado, depois que algumas empresas americanas foram proibidas de fazer negócios com a empresa por causa de suas relações com o Irã e a Coreia do Norte. O grupo ficou sem acesso a componentes vitais para sua produção. Mais tarde, porém, Donald Trump recuou e permitiu que a ZTE retomasse as importações, mas sob condições estritas.</div>