<div style="text-align: justify">Ao menos <strong>58 pessoas</strong> morreram no <strong>naufrágio de um barco</strong> na costa da Mauritânia, anunciou nesta quinta-feira (5/12) a Organização Internacional para as Migrações (OIM) em um comunicado.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">"É com enorme tristeza que anunciamos que durante uma de nossas patrulhas de segurança, nossas Forças Armadas e de segurança descobriram os sobreviventes do naufrágio de uma embarcação que naufragou", informou o ministério do Interior da Mauritânia em comunicado.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">"Trata-se, essencialmente, de imigrantes em situação irregular que tentavam chegar à Espanha provenientes de Banjul, na Gâmbia, segundo as primeiras informações recolhidas junto aos sobreviventes", acrescentou o ministério.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">O naufrágio aconteceu na quarta-feira (5/12) cerca de 25 km ao norte da cidade de Nouadhibou, próximo da fronteira com o Saara Ocidental, informou à AFP uma fonte da segurança da Mauritânia.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">"A embarcação se chocou com um rochedo no mar. Começou a entrar água e o motor parou de funcionar. Eles não estavam muito distantes da costa, mas as fortes ondas impediu-os de chegar à costa de barco", de acordo com esta fonte.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">[SAIBAMAIS]"Eles não tinham mais comida a bordo, estavam com fome, estavam com frio, então abandonaram o barco e começaram a nadar", explicou.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">De acordo com um comunicado de imprensa da OIM, 83 passageiros conseguiram nadar até a costa. A embarcação havia <strong>zarpado de Gâmbia</strong> em 27 de novembro.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Os sobreviventes explicaram aos funcionários da OIM que pelo menos 150 pessoas, incluindo mulheres e crianças, estavam no barco.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">"Sabemos que esta embarcação precária transportava entre 150 e 180 pessoas, incluindo mulheres e, sobretudo, jovens com entre 20 e 30 anos", afirmou por sua vez o ministério mauritano em seu comunicado.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">"Infelizmente, contabilizamos 58 mortos e 10 sobreviventes em situação que demanda atenção hospitalar de emergência. No total, 85 sobreviventes foram recolhidos e acolhidos de acordo a solidariedade humana, fraternidade e hospitalidade", acrescenta o comunicado publicado em Nouakchott. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">"As autoridades mauritanas cooperam de forma eficaz com as agências presentes em Nuadibu", declarou Laura Lungarotti, chefe da missão da OIM na Mauritânia.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">"Nossa prioridade é atender os sobreviventes e dar a ajuda necessária", completou.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Os feridos foram levados para um hospital da cidade. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">As autoridades mauritanas contactaram os serviços consulares de Gâmbia e se reunirão com o embaixador deste país na Mauritânia.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">"Esta situação nos faz recordar a tragédia que causa o fenômeno da imigração clandestina, que dizima a juventude africana. Ela nos faz olhar para a necessidade de unir esforços para acabar com essa espiral mortífera", considerou o ministério mauritano do Interior.</div>