postado em 10/12/2019 04:30
O ministro brasileiro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, fez ontem sua estreia em um evento público na COP-25, em Madri, durante a qual destacou a necessidade de se encontrar ;os pontos de convergência para avançar; na agenda do desenvolvimento sustentável da Amazônia. Salles participou de uma audiência convocada pelo Instituto Clima e Sociedade e pelo Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, que organizaram o único espaço brasileiro na cúpula deste ano, com a presença de empresários e parlamentares. Entre eles o presidente do Senado, Davi Alcolumbre.Ao discursar, Salles reforçou ter ido à COP pedir recursos de países ricos para poder combater o desmatamento. ;Algo que está diretamente ligado à nossa presença aqui é a monetização dos recursos ambientais no sentido de prover realmente recursos para o pagamento por serviços ambientais. Os serviços ecossistêmicos, que são muitos e são importantes, precisam ser remunerados para serem valorizados;, assinalou.
Salles se referiu a um dos itens que estão sendo discutidos na conferência, que é o artigo 6 do Acordo de Paris, fechado em 2015 para combater as mudanças climáticas. O texto trata da existência de mercados de carbono e ainda precisa ser regulamentado.
Primeira a falar, Karina Penna, do Engajamundo e estudante de Biologia no Maranhão, fez uma referência à morte de três indígenas no estado, em pouco mais de um mês. Em seguida, foi a vez de Caetano Scannavino, coordenador do Projeto Saúde e Alegria, uma das ONGs alvo de apreensão por parte da polícia do Pará na operação que prendeu quatro brigadistas em Alter do Chão. Os quatro foram soltos dias depois.
Scannavino contou que viveu ;momentos de pesadelo;. ;Não botamos fogo na floresta;, reafirmou. Ele lembrou que a conferência seria realizada inicialmente no Brasil. ;Que fique uma lição para que, na próxima COP, o Brasil se representar com o tamanho do país com a maior biodiversidade do planeta que nós somos;, disse. Salles acenou com a cabeça.