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Paralisação de 50% dos trens ameaça o Natal

postado em 15/12/2019 04:05
A França entra hoje no 11; dia de greve contra a reforma da Previdência, em uma forte mobilização que paralisou principalmente os transportes públicos e que, caso continue, vai atrapalhar as viagens e festas de final de ano.

A pedido do governo, a rede ferroviária francesa SNCF se comprometeu a, na próxima terça-feira, divulgar a previsão exata do tráfego de trens para a época de Natal. A intenção é informar corretamente todos os passageiros que compraram e reservaram as passagens com antecedência para as férias de final de ano, que começam no próximo sábado.

A diretora-geral da SNCF, Rachel Picard, adiantou que mais de 50% dos passageiros terão condições de embarcar. Na sexta-feira, o presidente da rede ferroviária, Jean-Pierre Faradou, apelou para que os ferroviários fizessem ;uma pausa; na greve durante o Natal e o Ano-Novo. Mas o pedido foi rejeitado pelos pelos sindicatos, que responsabilizam o governo pela situação.

O governo convidou os sindicatos para uma nova rodada de negociações na semana passada, embora mantenha a determinação de realizar a reforma da Previdência, definida como ;histórica; pelo presidente Emmanuel Macron.

Problemas

O tráfego ferroviário continuava, ontem, altamente confuso em todo o país. Em média, apenas 25% dos trens de grande velocidade e os internacionais estavam em circulação, 20% dos regionais e 30% dos suburbanos. Ao longo do dia, no metrô de Paris, a taxa de paralisação era praticamente a mesma que a registrada durante a semana. Nove das 16 linhas estavam completamente fechadas, cinco funcionavam parcialmente e apenas duas, que são automáticas, circulavam normalmente. O serviço de ônibus era um pouco melhor, com 60% da frota em circulação.

A greve contra a reforma da Previdência começou em 5 de dezembro. Os sindicatos não aceitam a proposta do governo de criar um sistema universal de aposentadoria por pontos, reunindo os trabalhadores do sistema público e privado. Eles também são contra a ideia do governo de estabelecer em 64 anos (dois a mais do que o estabelecido pela lei) a idade para a aposentadoria na França.

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