postado em 16/12/2019 04:15
O ministro brasileiro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse, ontem, que "a COP 25 não deu em nada", em uma referência ao desfecho que não incluiu um acordo para regular os mercados globais de carbono.
"Países ricos não querem abrir seus mercados de créditos de carbono. Exigem medidas e apontam o dedo para o resto do mundo, sem cerimônia, mas na hora de colocar a mão no bolso, eles não querem", afirmou Salles, em sua conta no Twitter.
A atuação do Brasil na COP 25 se concentrou em pedir recursos dos países ricos para preservação no Brasil. Mas, nos últimos dias da conferência da ONU, o país também protagonizou um impasse sobre artigos que tratavam da participação dos oceanos e o uso da terra nas mudanças climáticas.
No Brasil, o desmatamento é a principal fonte de emissões de gases causadores do efeito estufa, enquanto, no mundo, é a queima de combustíveis fósseis, como gás e derivados de petróleo.
Por causa da falta de acordo sobre o mercado de carbono, cuja regulamentação ficou adiada para a próxima edição da COP, em 2020, na Escócia, "o Brasil e outros países que poderiam fornecer créditos de carbono em razão de suas boas práticas ambientais saíram perdendo", disse Ricardo Sales, na rede social. Para o ministro brasileiro, prevaleceu, na conferência climática, uma visão protecionista de fechamento de mercado.
Em entrevista à GloboNews, Salles disse que o objetivo do Brasil é "não desviar o foco" das emissões provocadas pela queima de combustíveis fósseis das maiores economias do mundo.