<div style="text-align: justify"><img src="https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2019/12/20/815594/20191220082846546147u.jpg" alt="A lei que motivou os protestos concede cidadania a refugiados do Afeganistão, Paquistão e Bangladesh, mas apenas para os que não são muçulmanos" /><strong>Policiais</strong> e <strong>manifestantes</strong> se enfrentaram nesta sexta-feira (19/12) na cidade de Lucknow, norte da Índia, em um novo <strong>protesto </strong>contra uma polêmica <strong>lei de cidadania</strong> que deixou <strong>três mortos</strong> nas últimas horas.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Três pessoas foram mortas a tiros na quinta-feira (19/12), o que eleva o balanço a nove vítimas fatais desde o início das manifestações na semana passada.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">A lei que motivou os protestos concede cidadania a refugiados do Afeganistão, Paquistão e Bangladesh, mas apenas para os que não são muçulmanos.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Estas são as manifestações mais importantes desde a chegada ao poder em 2014 do governo nacionalista hindu do primeiro-ministro Narendra Modi.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Em muitas cidades do país de 1,3 bilhão de habitantes as autoridades proibiram qualquer tipo de protesto.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Nesta sexta-feira, os confrontos aconteceram em Lucknow, capital do estado de Uttar Pradesh (norte), onde centenas de pessoas foram detidas quando pretendiam organizar uma manifestação.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">As forças de segurança agrediram a multidão com cassetetes e utilizaram gás lacrimogêneo.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Na quinta-feira, um manifestante morreu ao ser atingido por tiros na mesma cidade, segundo uma fonte médica que pediu anonimato.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">[SAIBAMAIS]A polícia negou ter utilizado armas de fogo, mas o pai da vítima declarou ao jornal Times of India que seu filho foi atingido por tiros quando se viu no meio de uma manifestação ao sair para fazer compras.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">As forças de segurança também atiraram contra a multidão na quinta-feira em Mangalore (sul) para dispersar um protesto de 200 pessoas e mataram dois manifestantes, afirmou à AFP o porta-voz da polícia local, Qadir Shah.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Quatro pessoas foram hospitalizadas por ferimentos provocados por tiros.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">"Seguiam para o bairro mais movimentado de Mangalore. Isto provocou um confronto. Depois usaram gás lacrimogêneo. Mas como os manifestantes não pararam, a polícia teve que atirar", disse o porta-voz.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">A nova lei não afeta diretamente os indianos de confissão muçulmana, mas eles temem uma discriminação após cinco anos de governo nacionalista hindu.</div>