<div style="text-align: justify"><img src="https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2019/12/23/816149/20191223102134343841o.jpg" alt="Eles não são a única preocupação do governo, que quer substituir os 42 sistemas de pensão existentes por um "sistema universal"" />Os franceses que querem pegar o trem para as festas de final de ano terão que ser <strong>pacientes</strong>: os <strong>grevistas mobilizados</strong> contra a polêmica <strong>reforma previdenciária</strong> querem manter o movimento, enquanto o governo deve anunciar nesta segunda-feira (23/12) o<strong> calendário das negociações</strong>.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Após um fim de semana de início de férias complicado para os viajantes, a operadora ferroviária SNCF prevê um tráfego "ainda fortemente perturbado" nesta segunda-feira. Apenas 40% dos trens de alta velocidade e trens expressos regionais operarão, 20% dos trens suburbanos e um quarto dos trens de média distância.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Na região de Paris, a "melhoria" prometida pela operadora de transporte urbano RATP permanece mínima, com ainda seis linhas de metrô fechadas, operação normal apenas para as duas linhas automatizadas e circulação normal da rede expressa regional (RER) apenas na hora do rush. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Na terça-feira (24/12), véspera de Natal, os trens suburbanos da região de Paris vão parar gradualmente de circular a partir das 18h00 até pelo menos quarta-feira (25/12) à tarde, alertou a SNCF.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">O presidente francês Emmanuel Macron falou no sábado em Abidjan, durante uma visita à Costa do Marfim, para lembrar aos grevistas que é "bom saber como fazer greve" e apelou ao "espírito de responsabilidade".</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">O novo responsável pela reforma do governo, Laurent Pietraszewski, considerou no domingo que as propostas apresentadas à SNCF e À RATP, relativas à progressividade da redução da idade de aposentadoria ou do nível de aposentadoria, deveriam "permitir retornar ao trabalho". </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">[SAIBAMAIS]Dois sindicatos do setor ferroviário (CGT-Cheminots e SUD-Rail), que planejam ações em 28 de dezembro, bem como parte do sindicato reformista CFDT, não compartilham esta opinião.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Show na estação de Austerlitz em Paris, refeição na estação ou reunião em frente às prefeituras ou escritórios do partido do presidente LREM... "Um conjunto de iniciativas para celebrar o Natal entre grevistas" está previsto "segunda-feira e terça-feira", disse o secretário-geral da CGT-Cheminots, Laurent Brun.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Eles não são a única preocupação do governo, que quer substituir os 42 sistemas de pensão existentes por um "sistema universal" por pontos e exclui o retorno à "supressão dos sistemas especiais", como lembrou Pietraszewski.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">O novo secretário deve apresentar "um programa e cronograma de consultas nesta segunda-feira", com reuniões com os parceiros sociais no início de janeiro, com o projeto esperado no Conselho de Ministros dia 22.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Se não conseguir satisfazer o CGT e o FO, que convocaram uma mobilização em 9 de janeiro, terá de se ater aos sindicatos favoráveis à reforma, como CFTC e Unsa, e em particular o CFDT.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">No entanto, Pietrasezwski já rejeitou algumas de suas reivindicações, como a consideração de certos fatores de insalubridade, incluindo o transporte de cargas pesadas.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">A linha vermelha para os defensores da reforma, a idade de equilíbrio aos 64 anos com uma penalidade de bônus, desejada pelo governo em 2027 para ajustar as contas sem aumentar as contribuições, será um ponto crucial nos debates.</div>