postado em 27/12/2019 04:14
Com as mudança climáticas, futuramente as plantas consumirão mais água do que nos dias atuais, o que reduzirá a quantidade disponível do recurso para as pessoas que vivem na América do Norte e Eurásia, alerta estudo conduzido pela Universidade de Dartmouth e publicado na revista Nature Geoscience. A pesquisa sugere um futuro mais seco, apesar dos aumentos de precipitação previstos para lugares como Estados Unidos e Europa, regiões populosas que já enfrentam estresse hídrico.
Os cientistas pensaram, por muito tempo, que, à medida que as concentrações de dióxido de carbono aumentam na atmosfera, as plantas reduzem o consumo de água, deixando mais água doce disponível nos solos e riachos. Isso ocorreria porque, quanto mais CO2 se acumula na atmosfera, as plantas podem fotossintetizar a mesma quantidade, enquanto fecham parcialmente os poros (estomas) de suas folhas.
Estomas fechados significam menos perda de água da planta na atmosfera, aumentando os níveis do recurso na terra. As descobertas de Dartmouth, porém, revelam que essa a ideia de a vegetação tornar a terra mais úmida se limita aos trópicos e às latitudes extremamente altas, onde a disponibilidade de água doce já é alta e as demandas concorrentes são baixas. Para muitas das latitudes médias, segundo o estudo, as respostas projetadas das plantas às mudanças climáticas não tornarão a terra mais úmida, mas mais seca, o que tem implicações significativas para milhões de pessoas. ;A vegetação é um determinante maciço do quanto de água será deixado em terra;, explica o autor principal, Justin S. Mankin, professor assistente de geografia em Dartmouth e cientistano Observatório da Terra Lamont-Doherty na Universidade de Columbia.