Centenas de palestinos participaram dos protestos ao longo da fronteira entre a Faixa de Gaza e Israel nesta sexta-feira, a última das manifestações semanais organizadas pelo movimento islamita do Hamas, que só retornarão em março.
Entre uma chuva forte e muito vento, os protestos tiveram menos afluxo do que nos últimos meses, com tensões muito mais aliviadas do que nas semanas anteriores e sem tiros do exército israelense, informou um correspondente da AFP.
Na quinta, as manifestações semanais que acontecem toda sexta-feira ao longo da fronteira entre foram suspensas por três meses, segundo informou na quinta-feira Talal Abu Zarifa, membro do comitê organizador da "Marcha do Retorno", à AFP.
Os protestos semanais começaram em março de 2018 para pedir o cessar do bloqueio israelense, imposto por mais de dez anos na Faixa de Gaza, e o direito de retorno dos palestinos expulsos de suas casas ou que fugiram após a criação do Estado hebraico em 1948.
Quando retomarem, os protestos serão mensais, acrescentou Zarifa, sem dar nenhum motivo específico para esta decisão.
Nos últimos meses, a participação diminuiu.
A presença foi grande no início do movimento na Faixa de Gaza, um enclave palestino governado pelo movimento islamita do Hamas, e eram frequentemente pontilhados de violentos confrontos entre manifestantes e forças israelenses.
Israel argumenta que qualquer "retorno" dos palestinos a suas casas significaria o fim de seu status de Estado judeu.
Também acusa o Hamas de orquestrar os protestos para cobrir ataques internacionais.