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França diz que não extraditará Carlos Ghosn se ele chegar ao país

O ex-presidente da aliança Renault-Nissan tinha dois passaportes franceses, incluindo um que sempre levava em uma mala trancada

Paris, França — A França não vai extraditar Carlos Ghosn se o ex-CEO da aliança Renault-Nissan chegar ao país, afirmou, nesta quinta-feira (2/1), a secretária de Estado francesa da Economia, Agnès Pannier-Runacher. "Se o senhor Ghosn chegar à França, não extraditaremos o senhor Ghosn porque a França nunca extradita seus cidadãos", disse Pannier-Runacher ao canal BFMTV.

 

Ghosn, que tem tripla cidadania francesa, brasileira e libanesa, fugiu na segunda-feira do Japão, onde estava em prisão domiciliar, para o Líbano. O governo francês considera que Ghosn "não deveria ter escapado do sistema de justiça japonês". O ex-presidente da aliança Renault-Nissan tinha dois passaportes franceses, incluindo um que sempre levava em uma mala trancada.

 

"Ninguém está acima da lei", declarou a ministra. Ghosn também era o CEO da Renault antes de ser demitido após sua prisão, em novembro de 2018, no Japão, onde é acusado de fraude financeira. Ele também está sendo investigado na França, mas nenhuma acusação foi apresentada até o momento.