Correio Braziliense
postado em 02/01/2020 10:59
O ministro da Justiça libanês, Albert Sarhane, afirmou que recebeu um pedido de prisão por parte da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) do magnata do setor automotivo e ex-CEO da Renault-Nissan, Carlos Ghosn. "O Ministério Público recebeu um aviso vermelho da Interpol sobre o caso", disse o ministro, citado pela agência de notícias oficial ANI. "Fui eu sozinho que organizei minha partida do Japão", diz Ghosn. Ele chegou ao Líbano na segunda-feira (30/12), mas seu local de residência permanece desconhecido pelas autoridades internacionais. As condições para essa fuga inesperada do Japão, onde ele esteve em prisão domiciliar sem permissão para deixar o país, ainda não estão totalmente esclarecidas.
Segundo uma fonte da presidência libanesa, a Agence France-Presse informou que Carlos Ghosn entrou no país vindo da Turquia com um passaporte francês e sua carteira de identidade libanesa. O empresário é alvo de quatro acusações de crimes financeiros e estava em prisão domiciliar sob fiança desde abril de 2019, Ghosn vivia com relativa liberdade de movimento no Japão, mas sob restrições.
Buscas foram realizadas em Tóquio, e sete pessoas foram presas na Turquia, suspeitas de ajudar Ghosn em sua passagem por Istambul. De acordo com a agência de notícias DHA da Turquia, foram presos quatro pilotos, dois funcionários que trabalham em solo e o chefe de uma companhia aérea de voos fretados.
Ghosn negou qualquer envolvimento da família dele no caso. “As alegações na mídia de que minha esposa Carole e outros membros da minha família tiveram um papel importante na minha partida do Japão são falsas e mentirosas. Minha família não teve nenhum papel", garantiu Ghosn em um comunicado divulgado pela AFP.
*Estagiário sob supervisão de Vinicius Nader
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