Correio Braziliense
postado em 03/01/2020 04:06
Um edifício comum de uma área industrial no oeste do Japão se transformou em uma fábrica de alfaces. No campo vertical, não são usados pesticidas nem terra. O plantio tem como base a exposição à luz artificial e o uso de água enriquecida com nutrientes. Dessa forma, a empresa Spread colhe 30 mil pés por dia, o equivalente a 11 milhões por ano. Em outra unidade, são mais 21 mil pés diariamente.
Os números estão entre os melhores do país, que já conta com 200 fábricas de alface, sendo a maioria de pequeno porte. Um sistema automatizado desenvolvido pela Spread ajuda no bom desempenho. Em salas assépticas, cheia de prateleiras, autômatos movem os pés de alface de um lugar para outro ao longo do dia. À medida que crescem, eles são mudados para lugares com condições de luminosidade, temperatura e hidrometria adaptadas.
“Com a falta de mão de obra, a baixa rentabilidade do setor agrícola e a queda na produção, senti que era necessário um novo sistema de produção”, conta Shinji Inada, chefe da empresa. O gasto de energia é maior que o de plantações tradicionais, mas o baixo desperdício e a taxa de reúso da água (98%) compensam. “Com tudo isso, acho que contribuímos para a agricultura sustentável da nossa sociedade”, argumenta Shinji Inada.
Segundo a empresa de estudos Innoplex, o país deverá ter 400 fábricas do tipo em 2025. As alfaces são fáceis de produzir em condições artificiais. Mas morangos, tomates e outros vegetais podem ser cultivados da mesma maneira, com sistemas controlados por computador.
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