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Rouhani aponta um 'grave erro'



Com os apelos por vingança ecoando por todo o Irã, o presidente Hassan Rohani afirmou ontem que os Estados Unidos “não percebem o grave erro que cometeram” com o ataque da última quinta-feira, que matou o general Qassim Soleimani, líder das Forças Quds. “Os americanos vão ver os efeitos desse ato criminoso, não hoje, mas nos próximos anos”, afirmou o presidente iraniano, após prestar condolências aos familiares do general, em Teerã.

A televisão estatal iraniana veiculou imagens de uma cerimônia em homenagem a Soleimani na cidade de Qom, importante local sagrado para a seita xiita do islamismo, onde foram estendidas bandeiras vermelhas sobre os minaretes das mesquitas. O ato, na tradição xiita, simboliza sangue derramado injustamente e serve como um chamado para as pessoas vingarem quem foi morto.

Nas ruas de Teerã, foram colocados outdoors mostrando a imagem do comandante das Forças Quds, além de um aviso do aiatolá Ali Khamenei prometendo “dura vingança” contra os Estados Unidos. Novamente, bandeiras norte-americanas foram queimadas por manifestantes que repetiram, aos gritos,  “morte à América”.

Enquanto isso, em Nova York e em Washington, capital dos EUA, manifestantes pacifistas realizaram atos pedindo a retirada das tropas americanas do Iraque, bem como que cessem as sanções e que não declarem guerra contra Teerã. Na sexta-feira, Donald Trump havia afirmado que o bombardeio em Bagdá ocorreu “para parar uma guerra, não começar uma”.