A ideia não é auxiliar o combate ao terrorismo com envio de tropas ou recursos, diz Bolsonaro, mas com a extradição de terroristas. “Não vou discutir esse assunto contigo”, disse o presidente a um jornalista ao ser questionado sobre a possibilidade de colaborar com envio de tropas. “Se tiver qualquer terrorismo no Brasil, a gente entrega. É por aí. (...) Se tiver terrorista no Brasil vai ser entregue, não interessa sua nacionalidade, como entregamos chilenos, como terroristas paraguaios aqui. Também entregamos agora, há poucos meses”, explicou.
O presidente também citou o italiano Cesare Battisti, ex-membro do Proletários Armados pelo Comunismo. “Assim como entregamos Battisti... Entregamos, não. O Battisti viu que iam entregá-lo e fugiu. Assim como os cubanos “médicos”, saíram antes de eu assumir. Sabiam que ia entregar os caras, um montão de terrorista entre eles, fazendo células de… aparelhos aqui, o lugar mais pobre no Brasil”, criticou.
Combate ao terrorismo
Ao citar os médicos cubanos, que trabalharam no país durante o programa Mais Médicos, ele fez críticas à esquerda. “Essa esquerdalha começa junto aos mais pobres, são pessoas desinformadas. Usam da boa fé deles para vender a sua política”, reclamou. Desde 2019, o Brasil atua em consonância com as resoluções do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para o combate ao terrorismo.
No ano passado, o Congresso aprovou o Projeto de Lei 10431/2018 e Bolsonaro o transformou em lei. A legislação acelera o bloqueio de bens de pessoas ligadas a atividades terroristas e atende a um pedido do Grupo de Ação Financeira Internacional (Gafi), que ameaçou suspender o Brasil do grupo caso a medida não saísse do papel.