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Governo vai extraditar terroristas como apoio aos esforços internacionais

A ideia não é auxiliar o combate ao terrorismo com envio de tropas ou recursos, diz Bolsonaro, mas com a extradição de terroristas

Correio Braziliense
postado em 06/01/2020 11:39
O presidente também citou o italiano Cesare BattistiO governo vai entregar todo e qualquer estrangeiro suspeito ou condenado de atos terroristas para seu respectivo país. É o que disse o presidente Jair Bolsonaro nesta segunda-feira (6/1), ao explicar a nota divulgada na sexta-feira (3/1) pelo Itamaraty, de que o Brasil está “igualmente pronto” a participar de “esforços internacionais” que contribuam para evitar uma escalada de conflitos no momento, em referência ao ataque militar dos Estados Unidos que assassinou um general iraniano Qasem Soleimani, em um aeroporto em Bagdá. 

A ideia não é auxiliar o combate ao terrorismo com envio de tropas ou recursos, diz Bolsonaro, mas com a extradição de terroristas. “Não vou discutir esse assunto contigo”, disse o presidente a um jornalista ao ser questionado sobre a possibilidade de colaborar com envio de tropas. “Se tiver qualquer terrorismo no Brasil, a gente entrega. É por aí. (...) Se tiver terrorista no Brasil vai ser entregue, não interessa sua nacionalidade, como entregamos chilenos, como terroristas paraguaios aqui. Também entregamos agora, há poucos meses”, explicou. 

O presidente também citou o italiano Cesare Battisti, ex-membro do Proletários Armados pelo Comunismo. “Assim como entregamos Battisti... Entregamos, não. O Battisti viu que iam entregá-lo e fugiu. Assim como os cubanos “médicos”, saíram antes de eu assumir. Sabiam que ia entregar os caras, um montão de terrorista entre eles, fazendo células de… aparelhos aqui, o lugar mais pobre no Brasil”, criticou.

Combate ao terrorismo

Ao citar os médicos cubanos, que trabalharam no país durante o programa Mais Médicos, ele fez críticas à esquerda. “Essa esquerdalha começa junto aos mais pobres, são pessoas desinformadas. Usam da boa fé deles para vender a sua política”, reclamou. Desde 2019, o Brasil atua em consonância com as resoluções do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para o combate ao terrorismo. 

No ano passado, o Congresso aprovou o Projeto de Lei 10431/2018 e Bolsonaro o transformou em lei. A legislação acelera o bloqueio de bens de pessoas ligadas a atividades terroristas e atende a um pedido do Grupo de Ação Financeira Internacional (Gafi), que ameaçou suspender o Brasil do grupo caso a medida não saísse do papel. 

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