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Fumaça da Austrália chega à Argentina e Chile e pode atingir o Brasil

Expectativa é de que efeitos das queimadas do outro lado do mundo sejam sentidos no Rio Grande do Sul ainda nesta terça-feira (7/1)

Correio Braziliense
postado em 07/01/2020 16:33
Duas colunas foram registradas em deslocamento pelo satélite GOES, da agência norte-americanaSatélites da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) dos Estados Unidos, identificaram que a fumaça dos incêndios florestais da Austrália atravessou o Oceano Pacífico e chegou até o Chile e a Argentina. A expectativa é de que a contaminação chegue ao Rio Grande do Sul ainda nesta terça-feira (7/1).

Duas colunas foram registradas em deslocamento pelo satélite GOES, da agência norte-americana. Elas surgiram dos grandes incêndios que já queimaram mais de 8 milhões de hectares na Austrália. As nuvens viajaram mais de 12 mil quilômetros até chegar na América do Sul.
 
Expectativa é de que efeitos das queimadas do outro lado do mundo sejam sentidos no Rio Grande do Sul ainda nesta terça-feira (7/1) 

O Departamento Meteorológico de Santiago afirma que a fumaça não oferece nenhum tipo de risco à saúde da população. De acordo com Patrício Urra, responsável pelo serviço meteorológico do Chile, a nuvem está localizada a cerca de 6 mil quilômetros de altura e não há na região nenhum fenômeno climático que possa fazer com que ela se aproxime da superfície.

O Serviço Meteorológico Nacional da Argentina (SMN) mostrou imagens de satélite nas quais podem ser vistas a fumaça sendo transportadas pelos sistemas frontais que se deslocam do Oeste para o Leste. Em sua conta oficial no Twitter, escreveu: "Que consequências isso pode ter? Nenhuma muito relevante, apenas um entardecer e um sol um pouco mais vermelhos".



Segundo informações do Climatempo, a chegada da coluna de fumaça não deve afetar o regime de chuvas ou a temperatura no Brasil. Apesar disto, pode ser observado um céu mais avermelhado durante o pôr do sol na região sul do país.

Outra simulação foi feita pelo modelo atmosférico europeu (ECMWF) indicou a trajetória dos ventos varrendo a fumaça para a América do Sul. Para o Climatempo, a fumaça é transportada pelos ventos quando alcançam altitudes acima dos 5km.

Ainda de acordo com a agência brasileira, a fumaça deve continuar seu trajeto pelo fluxo de ar que corre de oeste para leste e não deve tocar o chão. 

Entenda

A Austrália vive a pior temporada de incêndios florestais da história do país. Após seis meses de seca e temperaturas recorde, as queimadas já atingiram 8 milhões de hectares de terra, destruíram milhares de prédios e deixaram cidades sem eletricidade e cobertura de telefonia móvel. Até a manhã desta segunda-feira, 25 mortes foram confirmadas. 

Esse fenômeno, considerado natural, é causado pela combinação de temperaturas superiores a 40ºC  e uma quantidade insuficiente de chuva que deixam a vegetação extremamente seca. Os ventos fortes típicos desta época do ano agravam a situação espalhando as chamas por vários quilômetros. 

As queimadas ocorrem todos os anos na Austrália, entre o final da primavera, em novembro, e o início do verão, em dezembro. Porém, em 2019, os incêndios começaram antes do previsto e estão sendo bem mais violentos. Isso ocorreu por conta das altas temperaturas que ultrapassaram os 44ºC.

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