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Príncipes William e Harry mostram união, apesar do 'Megxit'

Os príncipes demonstraram uma frente comum antes da reunião de crise convocada por sua avó, a rainha Elizabeth II

 

Os príncipes William e Harry demonstraram uma frente comum nesta segunda-feira (13/1) antes de uma reunião de crise convocada por sua avó, a rainha da Inglaterra, depois do terremoto causado na realeza britânica pelo desejo de independência do neto mais novo e sua esposa, ironicamente apelidado de "Megxit", a exemplo do Brexit. 

 

O encontro, que suscita uma enorme expectativa da mídia, acontece na residência particular de Elizabeth II em Sandringham, no leste do país, fechada à imprensa que já se reuniu no local.

 

A monarca, seu filho Charles e seu neto mais velho William - pai e irmão de Harry, respectivamente - devem ter uma conversa anunciada como tensa e em que a esposa do último, Meghan, deve participar por telefone depois de ter viajado na semana passada para o Canadá, onde está com seu filho Archie, de oito meses. 

 

Não se sabia se a reunião havia começado quando os dois irmãos publicaram uma declaração conjunta incomum denunciando "informações falsas" sobre seu relacionamento publicada nesta segunda-feira em um jornal britânico. 

 

"O uso de linguagem incendiária dessa maneira é ofensivo e potencialmente prejudicial", disseram eles sem especificar a que jornal se referiam.

 

Citando uma fonte próxima à família, o Times disse nesta segunda-feira que Harry e Meghan se consideravam "rejeitados pelo que consideravam uma atitude de intimidação pelo duque de Cambridge", William. 

 

Essas declarações foram refutadas por fontes próximas a ambos. 

 

Mais sutil, o Sunday Times disse que William, 37 anos, sente que ele e seu irmão, unidos desde a morte de sua mãe, a princesa Diana, em 1997, se distanciaram bastante.

 

Soluções viáveis

Embora estivessem expressando suas dificuldades em apoiar a pressão da mídia há algum tempo, a decisão de Harry, 35 anos e sexto na linha de sucessão, e Meghan, 38 anos, ex-atriz americana que deixou sua carreira ao entrar na família real, abalou o país e chocou o clã Windsor. Especialmente porque o casal, elogiado por alguns por sua modernidade e criticado por outros por se rebelar contra as regras, mas querendo manter privilégios e títulos nobres, não notificou a família de sua decisão antes de causar o terremoto real. 

 

A monarca de 93 anos, que recentemente teve que lidar com o escândalo da amizade de seu terceiro filho, Andrew, com o falecido financista pedófilo americano Jeffrey Epstein, pediu que "soluções viáveis" fossem encontradas rapidamente nesta nova crise. 

 

Os duques de Sussex disseram que queriam continuar "apoiando a rainha" - isto é, poderiam representá-la em eventos oficiais ou viagens internacionais -, mas, ao mesmo tempo, deixar o sistema oficial de cobertura da mídia, dividir seu tempo entre o Reino Unido e a América do Norte e buscar "independência financeira ", embora mantendo sua casa em Windsor e benefícios financeiros.

 

O casal também registrou a marca "Sussex Royal", que abrange desde cartões postais a roupas, passando por consultoria ou campanhas de caridade. 

 

Dinheiro, títulos e negócios

De acordo com o Sunday Times, a reunião abordará questões financeiras - a principal renda do casal -, títulos nobres e o escopo das transações comerciais que eles possam a vir realizar. 

 

"São questões complicadas", afirmou o Palácio de Buckingham na noite de quarta-feira, em uma reação constrangedora ao anúncio surpresa.

 

Harry, que antes de se assentar era conhecido como o membro mais problemático da família real britânica, sempre teve um relacionamento difícil com a imprensa e recentemente se queixou de vários jornais alegando que eles estavam assediando a esposa, assim como fizeram com a mãe dele. 

 

Depois de elogiar sua chegada à família real como um sopro de ar fresco, a imprensa sensacionalista britânica começou a criticar Meghan por seus supostos caprichos e estilo de vida luxuoso. 

 

O desejo atual de Harry e Meghan de querer viver ao mesmo tempo como príncipes, mas desfrutando dos privilégios de cidadãos anônimos é uma "mistura tóxica", nas palavras de David McClure, especialista em finanças reais. 

 

E a opinião pública parece olhar com desagrado por sua decisão: a maioria acredita que devem desistir de todo o apoio econômico da realeza e que Harry não deve mais figurar na linha de sucessão ao trono.