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Dieta ocidental pode agravar a condição

Correio Braziliense
postado em 17/01/2020 04:15
Descoberta pode ajudar na alimentação de pacientes da UTI: mais vulneráveis

 

O risco de desenvolver sepse grave pode ser maior em pessoas habituadas a consumir uma dieta ocidental rica em gordura e açúcares, segundo estudo da Universidade Estadual de Portland. O artigo, publicado na revista Pnas, analisou como esse estilo de se alimentar interfere na gravidade e nos prognósticos da reação do organismo a uma infecção, capaz de levar a choque e falência de órgãos.

No estudo, ratos que foram alimentados com a dieta ocidental — caracterizada por ser pobre em fibras e rica em gordura e açúcar — mostraram aumento da inflamação crônica, gravidade maior da sepse, e taxas de mortalidade mais altas do que camundongos que receberam uma dieta normal. Brooke Napier, principal autora da pesquisa, diz que as descobertas sugerem que as cobaias tinham sepse mais grave e estavam morrendo mais rapidamente por causa de algo em sua dieta, não devido ao ganho de peso ou ao microbioma, a comunidade de bactérias do corpo.

“O sistema imunológico dos ratos na dieta ocidental parecia e funcionava de maneira diferente”, conta ela. “Parece que a dieta está manipulando a função das células imunológicas para que você fique mais suscetível à sepse. E quando você fica com sepse, morre mais rápido.

UTI
Napier afirma que as descobertas podem ajudar os hospitais a monitorar melhor a alimentação dos pacientes na unidade de terapia intensiva (UTI), já que eles são os internos com maior probabilidade de desenvolver a condição. “Se você sabe que uma dieta rica em gordura e açúcar se correlaciona com maior suscetibilidade à sepse e aumento da mortalidade, quando esses pacientes estão na UTI, você pode garantir que comam as gorduras certas e na proporção correta”, aponta. “Se o hospital puder intervir na dieta enquanto o paciente estiver na UTI, isso poderá influenciar os prognósticos.”

A pesquisadora conta que a equipe também identificou marcadores moleculares em camundongos alimentados com a dieta ocidental que poderiam ser usados como preditores para pacientes com alto risco de sepse grave ou para aqueles que precisam de tratamento mais agressivo. (PO)

 


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