Correio Braziliense
postado em 20/01/2020 04:14
Contrariando as expectativas internacionais em torno de uma investigação independente sobre a derrubada do avião da Ukraine International Airlines, em Teerã, no último dia 8, o Iraque decidiu que não tem planos de enviar peças-chave da aeronave para análises no exterior.
“Estamos tentando ler as caixas-pretas aqui. Caso contrário, nossas opções são Ucrânia e França, mas ainda não foi tomada nenhuma decisão para enviá-las para outro país”, disse, à agência de notícias estatal Irna, o diretor encarregado de investigações de acidentes na Organização de Aviação Civil do Irã, Hassan Rezaifar.
No sábado, citando Rezaifar, a agência Tasnim havia noticiado que as caixas-pretas não poderiam ser codificadas no Irã e seriam enviadas à Ucrânia. A Irna também informou ontem que o funcionário tinha feito comentários semelhantes no dia anterior. Ainda não está claro o que levou Teerã a voltar atrás.
Todas as 176 pessoas a bordo do voo 752 morreram. A maioria era iraniana. O Boeing 737-800 estava a caminho da capital ucraniana quando foi abatido por mísseis. As Forças Armadas iranianas dizem que o derrubaram por engano. O erro, porém, demorou a ser admitido, causando insatisfação e protestos dentro de fora do país.
Ontem, os corpos das 11 vítimas ucranianas foram recebidas no aeroporto de Kiev. No Facebook, o secretário do Conselho Nacional de Segurança e Defesa, Oleksi Danilov, escreveu que o país continuará trabalhando “até que sejam completamente esclarecidas as circunstâncias da tragédia e os culpados sejam punidos”.
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