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Bolívia promete garantir segurança do voto com militares nas eleições

OEA, ONU e a União Europeia manifestaram o desejo de apoiar e acompanhar o processo eleitoral

Correio Braziliense
postado em 22/01/2020 16:28

Novas eleições na Bolívia estão marcadas para 3 de maio A presidente interina da Bolívia, Jeanine Áñez, solicitou nesta quarta-feira (22) que seus ministros da Defesa e do Governo (Interior) elaborem um plano para garantir a segurança durante as eleições presidenciais de 3 de maio, após o processo anulado por irregularidades em outubro de 2019.

 

"Pedi aos ministros da Defesa e do Governo (Interior) que organizem um plano conjunto, antes, durante e depois do dia 3 de maio, para que o voto dos bolivianos seja mantido em segurança", afirmou a interina, ao se pronunciar oficialmente durante a comemoração do Dia do Estado plurinacional.  

 

Essas comemorações acontecem anualmente desde 2009, quando a Bolívia deixou de se considerar uma república, segundo a nova Constituição. 

 

A governante de direita considera as próximas eleições como um momento prioritário, já que os bolivianos foram testemunhas do ex-presidente Evo Morales, que "manipulou o voto para se manter no poder" nas eleições de 20 de outubro. 

 

As últimas eleições foram anuladas depois que a Organização dos Estados Americanos (OEA) emitiram um comunicado em novembro sobre irregularidades no processo de contagem de votos a favor de Morales, que estava no poder desde 2006 e que planejava governar até 2025.

 

O ex-presidente renunciou nesse mesmo dia, após múltiplos protestos civis em todo o país contra a sua vitória eleitoral, além de um motim policial e a retirada de apoio dos militares.  

 

A OEA, ONU e a União Europeia manifestaram o desejo de apoiar e acompanhar o processo eleitoral. 

 

Ao discursar, a atual presidente disse que o seu governo descobriu registros fora do habitual nas contas do país, por "abuso de poder" durante o mandato de Morales. 

 

Áñez mencionou que, em quase 14 anos, a Bolívia gastou cerca de "US$ 147 milhões" em apoio a equipes médicas, mas que "menos de um terço" dessa rede de saúde era composta por médicos formados e que apenas 20% desse montante era de fato aplicado nesse programa médico. 

 

"O restante era desviado para financiar Cuba", acrescentou. 

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