A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) confirmou nesta quarta-feira (22) a sua visita ao Chile para a próxima semana, com o objetivo de "conhecer a situação dos Direitos Humanos no país", em meio a uma onda de manifestações que começou em outubro do último ano, e que já deixou 30 mortos.
Os representantes da CIDH cumprirão uma agenda com muitos compromissos entre os dias 26 e 31 de janeiro, com objetivo de "observar a situação relacionada aos protestos, assim como suas causas e consequências". Entre outras atividades, eles se reunirão com organizações da sociedade civil e jornalistas, além de visitarem bairros periféricos da capital chilena.
O CIDH, órgão principal e autônomo da Organização dos Estados Americanos (OEA), visitará Santiago e Valparaíso, além das cidades de Temuco e Ercilla, situadas no sul do país, com intuito de compreender a situação dos mapuches, povo indígena da região centro-sul do Chile.
O órgão também se reunirá com as vítimas que perderam a visão durante as manifestações, entre os mais de 350 feridos de forma grave por balas de borracha e bombas lacrimogêneas lançadas pela polícia.
Outros pontos da agenda são uma reunião com autoridades religiosas, o encontro com entidades estudantis e a visita aos centros de detenção e tortura que funcionaram durante a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990).
Em Santiago, a CIDH também discutirá sobre os refugiados e a situação da população LGBTI.
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