Mundo

Tubo de ensaio

Fatos científicos da semana

Correio Braziliense
postado em 25/01/2020 04:06
Fatos científicos da semana
Segunda-feira, 20
Apetite de britânicos por frango ajuda a desmatar

Relatório do Greenpeace alerta que uma mudança de hábito alimentar no Reino Unido pode estar contribuindo, ainda que involuntariamente, para o desmatamento na América Latina. Preocupados com o meio ambiente, a saúde e o bem-estar animal, os britânicos comem menos carne vermelha e mais frango. Nas últimas duas décadas, o consumo de carne bovina, de cordeiro e suína diminuiu consideravelmente, queda compensada pelo aumento em 20% do consumo de aves, segundo dados do departamento britânico de Meio Ambiente e Alimentação. O informe do Greenpeace Como o hábito do frango no Reino Unido está atiçando a emergência climática adverte, no entanto, que grande parte delas se alimentam com soja cultivada em áreas desmatadas. Segundo o relatório, 95% dos mais de um bilhão de frangos sacrificados anualmente no país são criados de forma intensiva. O Reino Unido importa anualmente 3,3 milhões de toneladas de soja, das quais 60% é utilizado pela indústria avícola. A maior parte é procedente de Brasil (foto), Argentina, Paraguai e Estados Unidos.


Quarta-feira, 22
Pesquisadores tiram HIV de “esconderijo”

Pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill e da Universidade Emory, em Atlanta (EUA)  descobriram como reverter a latência do vírus da Aids, possibilitando que o próprio sistema imune ou até mesmo medicamentos o encontrem. As conclusões do estudo, publicadas na revista Nature, foram recebidas com entusiasmo pelo mundo científico porque podem abrir portas para se encontrar a cura para a doença. A latência é considerada o maior obstáculo do HIV, uma vez que, mesmo com a terapia antirretroviral, ele permanece no corpo, escondido em células do sistema imune, chamadas linfócitos T CD4+. Isso faz com que o sistema de defesa perca gradativamente a capacidade de respostas, deixando o organismo mais vulnerável.


Terça-feira, 21
A mais antiga cratera provocada por meteoro

Pesquisa publicada pelo Nature Communications Journal atesta que a cratera de Yarrabubba, na Austrália, foi formada pelo impacto de um meteoro há mais de 2,2 bilhões de anos — a data coincide com o fim de um período hipotético de glaciação chamado Terra bola de neve. É, portanto, a mais antiga conhecida no mundo. Com cerca de 70km de diâmetro, ela é difícil de identificar devido à erosão da estrutura original e já era considerada a mais antigas da Terra. No entanto, ainda era impossível datá-la com precisão. Isso foi possível graças ao uso do métido de datação ultrapreciso SHRIMP dating. A equipe da Universidade Curtin de Perth conseguiu atingir os grãos de minerais que “registraram” o choque do impacto do meteoro, por meio de um processo de recristalização.


Quinta-feira, 23
Erupção do Vesúvio transformou cérebro em vidro

À primeira vista, trata-se de uma pedra negra comum (foto). Antropólogos italianos, entretanto, constataram que, na verdade, o objeto é um fragmento cerebral de uma vítima da erupção do vulcão Vesúvio há quase dois mil anos. A descoberta, revelada no New England Journal of Medicine, é uma raridade arqueológica encontrada nas ruínas de Herculano, uma antiga cidade romana destruída pela erupção do Vesúvio no ano 79 dC., localizada não muito longe do local mais famoso de Pompeia, na Baía de Nápoles. Os especialistas, que há décadas estudam os restos mortais de uma população varrida por lava, cinzas e gases venenosos, ficaram intrigados com essa pedra parecida com vidro dentro de um crânio quebrado. “Eu tinha certeza de que era de cérebro humano”, contou Pier Paolo Petrone, antropólogo forense da Universidade de Nápoles Federico II. As análises no Centro Avançado de Biotecnologia de Nápoles (CEIGNE), confirmaram a intuição, revelando elementos de proteínas e ácidos graxos do cabelo e do tecido cerebral.


Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Tags